quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Lingua Portugeza - Mãtra da Pobreza

Língua portuguesa Mantra da Pobreza.


O colonialismo cultural é mais nefasto que aquele de antigamente, da escravidão e o saque das riquezas do país vítima.

Está incomodando um assunto muito inexpressivo, anacrônico e impertinente: a reforma da língua portuguesa. Vi com orgulho e satisfação o modo indiferente, o desdém do presidente do Brasil ao rubricar no pergaminho um tal tratado, que há décadas está sendo engendrado por ratos de biblioteca, parasitos gerados em épocas remotas. O gesto do Lula me lembrou um espetáculo hilariante. Um canastrão presidente dos “estados unidos”, sendo recebido em Brasília pelo impostor Sarnei, recebe deste, com exagerada pompa, como “regalo oficial”, um livro de sua própria autoria. Rapidamente o ex-cowboy enrola-o como um canudo e o atira com gesto de repugnância para um serviçal. Pra completar, chama o portador de um bigodão de palhaço de presidente da Bolívia, coisa que marcou época.

Vivi em Portugal tempo suficiente para confirmar que nunca falamos português, falamos brasileiro. Lá eles administram uma língua culta, intocada. Suas crianças desde o primário aprendem por um calhamaço de mais de setecentas paginas do medieval Camões, coisa que além de padrão ortográfico é marco da historia das navegações, canto épico de um império tão grande que acorrenta e ancora a mente dessa gente no longínquo tempo de antigas riquezas das navegações nas caravelas. Eles só podem retroceder, pois as palavras da língua são as peças mais preciosas do tesouro da pátria Portugal. Qualquer adição ou retoque é uma profanação, dá pra revisar os livros do Camilo Castelo Branco?

São escritores e poetas soberbos, a música é poderosa, emociona, e mesmo se conversarmos com um camponês velho analfabeto dos confins do Alentejo ou do irreal e fantástico Trás os Montes, ficamos fascinados com a preciosa elaboração das frases, conjugação dos verbos impecável, a sabia coerência e clara exposição das idéias, só nos confundimos um pouco com o som das letras. São senhores de uma língua linda e riquíssima. Esse tesouro português infelizmente esta sendo contaminado pela reles e nociva televisão brasileira, e pela emigração excessiva. Isso é muito grave: tentando se atualizar correm o risco de assimilar vulgaridades de paises em formação, sem passado. Os jovens lusos jamais vão encontrar no vernáculo portugues, elementos pra compor hip-hop, os daqui todo dia fabricam um vernaculo.
Portugual, mantenha sua língua castiça preservada, defenda com todas as armas sua maior herança! Vocês são um só povo, milenar, não se iludam, pois o sistema imperial não vai ressuscitar, leiam seus bardos e deixem esse independente e multirracial Brasil, que não tem nem afinidade nem tempo pro Camões, seguir seu caminho.

Com a proclamação da independência, o Brasil rompe os vínculos de influência do reino de Portugal, a colônia passa a ser uma grande pátria, que hoje tem como seu representante o presidente Lula. Vejo pessoas chocadas com a linguagem do Lula, eu sempre achei o máximo, acho semelhante à linguagem do saboroso Adoniran Barbosa, esses caras não são uns bundão, meninos obedientes, (oprimidos por regras impostas pelos pais e professores, como eu e muitos da minha geração, e que procuram mantê-las até hoje). Falando com total liberdade a realista língua do povo, estes homens tornaram-se unanimidades, dá pra criticar o Samba do Arnesto? quem se atreveria a corrigir o Trem das Onze?, duvida da popularidade do presidente?

Durante uma campanha eleitoral entre Lula e prof. Cardoso, vi o martírio do confrangido catedrático, mal estribado num lazarento pangaré, amparado por um velho lavrador e cercado de milhares de matutos, nalgum fim-do-mundo dos sertões do nordeste, num discurso de lábios flácidos usando a palavra “Utopia” como exemplo de coisa intangível, (provavelmente interpretaram como “o pio da urutu” – isso dá forró!). Raras pessoas conhecem o nome de quem escreveu esse livro, Utopia. Egotista, intransigente, desprovido de empatia, com o fraseado exótico conseguiu exatamente o oposto da intenção – repeliu ao procurar seduzir os possíveis eleitores de um incalculável grupo social com identidade cultural definida, espalhado por todo o país.

Ao mesmo tempo o Lula , entre cultos e analfabetos (expressiva porcentagem dos nossos patrícios), num fenômeno de comunicação, fazia as frenéticas torcidas do “Curíntia e a do Parmera” delirarem, bradando em BRASILEIRO “nóis tá cum fomi, nóis qué cumida” (catso, o computador não quer deixar eu escrever isso).

A língua no Brasil é telúrica, cambiando conforme a grandiosa geografia, criativa e dinâmica. O que um jovem fala e habilmente digita hoje é incompreensível pra pessoas de minha idade, mas será uma impertinente mostra de impotência qualquer inútil tentativa de corrigi-los.

O código de neologismos brota e se dissemina muito rápido via internet, é “incorporado ou deletado’’ com igual velocidade, dentro do critério dos jovens participantes. Seus recém criados substantivos, verbos e adjetivos tornam-se imediatamente obsoletos nas ondas das constantes atualizações, nunca mais vão ser considerados, não há nostalgia nem espaço pra inutilidades.

Nosso jovem país está numa situação magnífica, contribuiu muito o estilo descomplicado e autentico do Lula. Só falta assumirmos a nossa identidade e importância perante o mundo, e elevar a auto-estima. Vamos bater na madeira três vezes, dar três tapas na boca, fazer gargarejo com sal grosso, cuspir e adotar uma inteligente Ortografia Brasileira Independente com urgência – parabéns para o criador dessa obra sintética e perfeita.

A educação é a única carência desse país mágico, generoso, abundante, essa ortografia brasileira simplificaria sensivelmente o aprendizado da língua, fundamento da comunicação, as crianças teriam muito mais tempo pra aprender outras matérias.

O uso dessa ortografia agilizaria imensamente a vida dos brasileiros, dando absoluta confiança de estar escrevendo correto, sem precisar estudar muito. A diferença deve ser a de uma calculadora para uma conta de tabuada no caderno, o tempo que seria economizado em todo o tipo de transação que utiliza texto, principalmente na internet, seria um presente. Pra justificar a classificação de preguiçosos, teríamos muito mais horas ociosas.

Acho que os filólogos, zumbis acadêmicos, deveriam continuar sua carreira em companhia dos gênios das finanças e C.E.O.´s – que de um dia pro outro foram capados em trilhões de moedas fortes – e dos brilhantes jogadores de cricket (oba!! agora nos é permitido usar as letras, k, y e w – nossos mentores de Portugal , Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor e também os acadêmicos do Rio de Janeiro descriminalizaram tal estrangeirice).

Chamo essas línguas ibéricas de “mantras da pobreza”, porque os infelizes países que se servem delas estão sempre um pior que o outro. Em contraposição vejamos o exemplo de Macau: até recentemente era colônia portuguesa, mesquinho, tipo uma cidadinha de Minas Gerais. Três anos após a retirada dos intrusos de cinco longos séculos e o banimento da língua, Macau superou Las Vegas em faturamento.


A língua portuguesa seria opcional, para quem se interessasse por sua importância na historia, sua cultura e vastíssimo acervo literário. Dessa forma a língua materna receberia o devido respeito de seus reais admiradores, zeladores da tradição, não é língua pra ser conspurcada pelo iconoclasta computador, os adeptos deveriam receber pra prática da escrita um kit made in China, sai baratinho: uma resma de papel almaço sem pauta (nada desse sulfite), uma mancheia de penas do rabo do pato branco, um estilete pra fazer a ponta, um tinteiro com mata borrão e um pince-nez, réplica dos usados pelo clássico Eça de Queirós (visitei sua quinta nas serras do Minho e vi esses lindos objetos na escrivaninha). Também existia um estojinho redondo com uma esponja do mar molhada onde se punha o dedo para umedecer e aderir na folha quando fosse virar a página (isso dá pra fazer com cuspe), e não poderia faltar um cálice do generoso Porto, pra fazer a conexão com as Musas.

O estudante de português deveria estagiar no encantador Portugal, coisa que hoje em dia parece estar meio difícil – e com razão, pois o país é pequenino e está sendo invadido por emigrantes pobres de suas ex colônias, somados aos outrora decantados heróis do comunismo, hoje fracassados fantasmas de rigorosa formação militar.

Os brasileiros jovens deveriam procurar essa ortografia brasileira rapidamente, praticar e por em uso sem pedir permissão a nada – por favor, dêem algum minutinho de seu tempo vago pra procurar esse inspirado código, que tem o poder de mudar radicalmente nosso modo de vida (todo ele não ocupa uma página), e passem a divulgá-lo.

Viva Adoniran Barbosa!
Viva Ronald Golias!
Viva o Lula!
e Viva o Brasil e a Língua Brasileira!

Abaixo representamos a ORTOGRAFIA BRASILEIRA INDEPENDENTE (<-- clique no link) criada por Ary Portela Lopes:
ORTOGRAFIA BRASILEIRA INDEPENDENTE – Projeto Cone Sul



Tendo em vista facilitar a comunicação escrita e o ensino da língua a nacionais e estrangeiras, estamos propondo a criação de um sistema brasileiro independente, baseado na fonêmica, sem alterar o vocabulário e a fonética dominantes, eliminando dígrafos e letras mudas, sendo estas consideradas estrangeiras ou supérfluas e estudadas na respectiva língua. As letras terão nomenclaturas de acordo com os sons que representam e acentuação como em português para manter pronuncia padrão e a ordem alfabética latina a seguir:


A – Terá som nasal somente com til. Ex.: mãe, pão, bãda, rãpa, sãta, banãna...;

B – Sem alteração (só damos exemplos em brasileiro).

C – Estrangeira, chamar-se-á “si”, substituída por K em: kako, kuka, makako e por “s” em: serto, sebola, sinko, siênsia, kãser... asão, mãsão, prasa;

D – sem alteração;

E – Fechada, mas a vogal “é”, será sempre com acento,verificou-se menos insidênsia.;

F – chamar-se-á “fe”, esse é o seu som; (Todas as nomenclaturas são monossílabas);

G – chamar-se-á “gue”, dispensa u em “gue” e “gui”. Ex.: gelra, gitarra, ágia;

H – Estrangeira, chamar-se-á “agui”, supérflua em um sistema independente de etimologia. Ex. sem “h”: oje, ora, omem, aver, onesto, istória;

I – sem alteração;

J - chamar-se-á “já”, substitui g em todos os casos deste som. Ex.: jelo, jeral, jeneral, Jetúlio, Jorje, jiz;

K - chamar-se-á “que”, reincluida para substituir “c”, “q” e “x”, com som de “ks” (base no grego e no esperanto). È universal e inevitável. Ex. kilo...;

L - chamar-se-á “lel” para melhor representar os sons “lê”, “el”. Ex.: letra, lata, lua, sal, sul, mil..., com crase representa a fusão de dois, como em espanhol “lhe”. Ex. fi’lo, bri’lo, traba’lo...;

M - chamar-se-á “me” e só será usada em ma, me, mi, mo e mu. Substituída por til em todos os casos de “am” e por “n” na nazalização das demais vogais. Ex. vem, tem, tãben.

N - chamar-se-á “nen” para melhor representar os sons: na, ne, ni, no e em, in, on e un. Com til “ñ” como em espanhol, nhe. Ex. temoz, viño, veña;

O – ‘’ô” só será aberto com acento agudo. Ex.: Antonio e António, mokotó, koko, a fruta será kouko, vovo, novo;

P – sem alteração.

Q – Chamar-se-á “qui”, substituída por “k”. Ex. kente, keijo, kina;

R - chamar-se-á “rer” para representar os sons de “er” e “re”. Com acento grave representará a fusão “rr”. Para facilitar ao estrangeiro a pronuncia forte. Ex. ‘roda, ca’ro, te’ra, ‘requerer, ‘raro...;

S - chamar-se-á “se”, com som de “ç”, substituída por “z” em todos os casos de plurais e sibilante fraco. Ex. kazaz. Mezaz, nosa, masaz, paz;

T – U – V – sem alteração.

W – Estrangeira, chamar-se-á “vi;

X - chamar-se-á “che” é só será usada no lugar do dígrafo “ch”. Será substituída por “s”, “z” e “ks” em todos os casos destes sons. Ex. ezame, ezato, eséto, xave, fikso, sékso, ezérsito...;

Y – estrangeira, chamar-se-á “ipsi”, terminada em “i” como as demais;

Z - chamar-se-á “zez” para representar os sons de “ze” e “ez”, substitui “s” e “x” em todos os sibilantes fracos. Ex. ézito, kazoz, Brazil...;




Acentuação e pontuação – deixar-se-á de usar trema; usaremos “?” no início e no fim da pergunta, para facilitar a entonação. Como em espanhol; Manter-se-á a acentuação diferencial, as das proparoxítonas, salvo insidência e das terminadas em ditongo oral crescente como em português.


Dê sua opinião, mezmo kontrária, pense noz mi`lãos de brazileiroz analfabétoz e noz ke jamaiz pasarão da kinta série okupãdo o tenpo noz labirintoz elitiztaz da Língua portugeza, em vez de coñesimentoz jeraiz para me`lorar a soberania da pátria e o ben eztar sosial da grãde maioria.`


Maxado de Asiz, em 1902, Jeneral Bertoldo Klinjer, Padre Evaldo Ekler, prof Emiliano Linberger, Com. Unig Ávila, Filólogo Gentil de Agiar e outroz tentarã reformar, maz forã inpedidoz peloz donoz da língua, rezolvemoz dar maiz ezte grito de independênsia.


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O site do Prof. Ary voltou ao ar recentemente, visite!.

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