domingo, 25 de janeiro de 2009
Sarnou, tá sarnado!
Seu simplório irmão, numa entrevista a revista Status, cerca de 1980, declarou que o nick name “sarney” era porque este havia lido a historinha dos cavaleiros do rei Artur da Távola Redonda e traduziu para seu idioma regional o nome Sir Ney, para o incrível “sarney” – para se adequar ao som parecido com a sua voz de arara quando entusiasmado, ou com a voz de cabra do uso corriqueiro.
O parangolé que ele tentou é inominável, a absurda adaptação deveria pelo menos ser “sãh Ney”. O epíteto solidificou mais sua caradura, segundo o fratelo influenciado pelo herói cavaleiro. Eu nunca tinha ouvido ou lido sobre esse nome... sir Ney ???
Fui pesquisar no google, encontrei isso.(tem montes de páginas sobre esse lixo)
Blog do Roberto Leite » notícias
O Pai dele trabalhava na propriedade de um inglês, o Sir Ney e adotou o nome do proprietário usando como nome José Sir Ney que variou para Sarney. ...
Isso em vez de parecer homenagem ao lord patrão, passou ser o verbo que explica o serviço do mardito bichinho que atormenta os cachorros.
Eu sarney
Tu sarnastes
Ele sarnou
Nós sarnamos
Vós sarnastes
Eles sarnaram
É também conhecida como demodecicose, sarna negra, sarna folicular, sarna vermelha e, nos casos mais graves, lepra canina. A sarna demodécica é causada pelo ...www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=sarna_demodecica.htm
A sarna canina (demodicose) é transmitida por um inseto microscópico chamado Demodex canis, eles se alojam na pele do animal, e ali se multiplicam! ...animalvirtual.blogspot.com/2008/01/sarna-canina-demodicose.html
O irmão um puta troxa, na grande entrevista (muitas páginas), os que têm minha idade e freqüentavam a noite de São Paulo vão lembrar (pena que roubaram minha revista), descrevia com nomes e detalhes a comitiva que levou para o casamento de Charles e Diana. Sei que foi um avião lotado de freqüentadores de um night club famoso na época, onde ele costumava pagar a conta de todos , tal viagem foi boca livre geral, inclusive banho de loja completo, com direito a perfume, pras gatas principalmente.
Gente, nem os trapalhões conseguiriam articular um script desses tão sem pé nem cabeça, que este esse tipo de impostor pôs em prática, empestando a vida de quase 200 milhões de cidadãos. Sim, impostor, porque o Tancredo Neves teve uma interrupção da consciência horas antes de receber o título de presidente, então o presidente deveria ser o honrado dr. Ulysses, mas que sensatamente não se sentiu preparado e, apesar de todo o seu ilustre alicerce político e idoneidade, não quis aceitar a pesada incumbência.
Num passe de magia tropical, o caboclo com nome de praga de cachorro é assentado no trono do politburo do cerrado. Daí começa uma carreira de trapalhadas, zoeiras e a fazer misérias.
Primeiro dá o calote na pesada divida externa, como o equatoriano está tentando fazer, só que em dose diminuta. Pega mal né?
Desmoraliza o frágil país – sofremos as conseqüências disso até hoje – parece que o único governo legítimo do Brasil em muito tempo está conseguindo pagar as prestações, como o povo que o elegeu paga os carnês das lojas de eletrodomésticos, parabéns.
JOSÉ SARNEY Araújo Costa Presidente Brasil Mandato 15 março
No fim do governo Sarney, o Brasil mergulha numa crise: entre fevereiro de 1989 e março de 1990, a inflação chega a 2.751%. ...
Essa proeza só está sendo superada pelo facínora Mugabe, do Zimbábue...
Zimbábue, sob as botas de Mugabe, agoniza sem alimentos, professores e médicos. ... nenhum lugar do mundo em tempos de paz, com uma inflação de 14.000.000%. ...
Isso deve ter humilhado o senador, que teve de se eleger pelo Amapá, que do seu estado de origem foi corrido.
.BLOG POLÍTICO, COM CRÍTICA DA MÍDIA E INFORMAÇÃO ALTERNATIVA ...
Sobram sempre dois, e o Amapá é um deles. Pois é no Amapá que o senador José Sarney (PMDB) montou um novo feudo (o antigo, no Maranhão, está retratado aqui) ...
Folha do Amapá
No Maranhão Sarney está fora do poder. No seu quintal político, o Amapá, Sarney quase não consegue a reeleição, disputando com uma desconhecida novata na ...
Portal IMPRENSA - Jornalista do AP diz que Sarney é "falso" por
"Mas logo o Sarney que aqui no Amapá, em 2006, pediu o fechamento de blogs, jornais e mandou tirar do ar programas de rádio", diz. ...
Esse Amapá é na Guiana francesa e tem a população de Ribeirão Preto.
O camarada não é bem visto lá, vi nos jornais que estavam pretendendo dividir um estado desses ex-territórios, pra ele poder continuar senador.
Em torno de um ácaro desses só pode haver esse tipo de coisas infectas.
Pra completar, teve o episódio com o Reagan, aquele em que o velho cowboy lançou com repulsa um volume de seus disparates impressos, e pra encerrar em grande estilo promoveu o homem com nome de praga de cachorro a presidente honorário da Bolívia. Agora esta o portento imortal presidindo o senado do pais.
Os apaches e sioux tinham nomes antropomórficos tipo Sitting Bull, Eagle Eyes... esse infame, o presidente da Bolívia, eu batizo com os nomes: ácaro com bigode de palhaço ou homenzinho com nome de praga de cachorro.
Vai presidir o senado da puta que o pariu.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Língua eletrônica de São Carlos X Papo-Por-Apito (Silbo de la Gomera)
Genialidade, o forte dom da intuição, tudo bem, mas do sonho para a concretização é uma caminhada complicada pela própria natureza do projeto. Conheço os processos de concepção e realização, por meu oficio, escultor. Também trabalho com gemas, material duríssimo, uma peça pequena de dez centímetros demora mais de trinta dias de trabalho ininterrupto. Quando termino, brota uma grande dúvida... por quê? pra quê? Bem, falei isso só pra demonstrar que sei avaliar as características de um processo de produção.
Minha formação é antiga, nem sei usar o teclado do computador, imagine a sensação ao ver e poder compreender as funções de uma língua eletrônica.
Pra que serve:
Paladar Humano
Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um equipamento capaz de reconhecer sabores com uma sensibilidade até mil vezes maior que a da língua humana.
Publicados na revista 'Sensors and Actuators B: Chemical', os resultados indicam a maior sensibilidade já descrita na literatura científica para uma língua eletrônica.
De acordo com Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, do Instituto de Física da USP de São Carlos, no último teste, o aparelho conseguiu identificar com exatidão tipos de vinhos de seis amostras.
A língua eletrônica foi capaz de distinguir até mesmo vinhos de um mesmo tipo, mas de safras diferentes, ou vinhos do mesmo tipo e da mesma safra, mas de produtores distintos.
O dispositivo é formado por um conjunto de eletrodos de ouro, cobertos com filmes de diferentes polímeros condutores.
Quando o aparelho é submerso em qualquer meio líquido, a interação elétrica entre polímeros e o meio permite obter características específicas da condutividade do material.
São estes dados que possibilitam identificar cada tipo de líquido, mesmo com uma baixíssima diferença de concentração de um componente.
De acordo com Oliveira, a vantagem da língua eletrônica brasileira é a utilização de filmes condutores de espessura oito mil vezes menor que um fio de cabelo, o que permite a obtenção de dados de condutividade mais acurados.
Além disso, as informações são processadas por um sistema de redes neurais que simula o aprendizado humano e leva a uma interpretação mais rápida e precisa. Para o pesquisador, o aparelho também pode ser utilizado para monitorar a qualidade da água e de alimentos, além de exames de sangue e urina.
O trabalho ainda contou com a participação de pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação e da Escola Politécnica da USP, além de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp e da Embrapa.
É um objeto pequeno, peguei na mão, coisa intrigante... Como será que alguém tem essa inspiração, junta uma equipe, doa alguns anos de dedicação incansável, não desistem apesar das barreiras – altas, sólidas, inflexíveis – do aparelho burocrático, as eternas contenções de verba e outros trabalhos de Hércules diariamente exigidos?
Um assunto que me fascina são os polímeros de origem vegetal. Conheci um pesquisador do plástico da cana, matéria prima brotada do solo, e nutrida pela fotossíntese. Ao invés de poluir, neutraliza o carbono, e no processo de degradação se torna um nutiente.
No mesmo laboratório da língua, me apresentam um jovem que está em fase adiantada na pesquisa de polímeros da mandioca, com prazo de biodegradação controlavel. O potencial disso é tão imenso, que nem me atrevo a começar a pensar! Mandioca, viva o Brasil, Terra do Sol! Comida do Tupi Guarani, hoje disseminada pela África, se tornou base alimentar nesse continente.
Algum mecanismo no meu cérebro tem a aptidão de receber uma informação, cruzá-la com outras, combinar e arrematar uma conclusão. Não sou técnico, sou analista naif. Pra mim isso é espontâneo, sem conhecimentos científicos, básico.
Como um raio no crânio vêm imagens do que essa molecada, com um troquinho razoável, apenas isso, que incriveis criações podem realizar. Justo, assim: precisam de 100, forneçam os 100, não precisa ser 110, nem pode ser 90, ou menos, que é o que normalmente acontece. Nunca a verba cobre as necessidades e, apesar de receberem remuneração ridícula, perante seus colegas cientistas e pesquisadores de outras terras, do pouco que ganham, têm que tirar dinheiro do próprio bolso para a pesquisa não ir pro ralo da indiferença.
Aqui no Brasil nossa prioridade são os filólogos e a súcia. Pra que tecnologia se tem americano, japonês, chinês, fazendo essas bobagens? Vamos compra feito, né? Vamos vender o couro pros china depois chorar que a industria de calçados brasileira não consegue competir.
Bem, vamos esquecer essas burguesices, afinal, somos literatos! O hífen é que importa, o elo de ligação com CPLP e os PALOPS, afinal, temos grandes filósofos, poetas, romancistas como o... HMMM... ou o HMMM.... Deixa pra lá, né?
São tantos, mas tantos, e tão bem divulgados pelo Luso- mundo, que os direitos de autor influenciam sensivelmente o P.I.B.
Como ironizei em outro comentário, os colonizadores ibéricos foram brindados com nossas empresas de telefonia. Que eu saiba, o maior avanço dos prodigiosos geradores de patentes de la hispanidad é o Papo- Por- Apito de la Gomera, do qual eles têm posse irrestrita e direito de autor universal.
Tá no google:
La Gomera, Ilhas Canárias
Eles inventaram um método de comunicação, chamado Silbo, um tipo de assobio, através do qual os Guanches se comunicavam em La Gomera. La Gomera é a sede do ...
Será que a língua eletrônica de São Carlos consegue Silbar? Talvez não, uma pena, senão poderíamos vender nosso apetrecho para os velhos de boca murcha e os boca mole de la Gomera.
Vamos ver o que me atingiu com um cegante clarão naquele laboratorinho humilde de São Carlos.
Fazer uma viagem internacional média, classe executiva, sai carinho, né? Comprar um sapato, uma roupa, agora imagina quanto custa uma viagem presidencial. O boing véio, que gastava muito mais que trator véio, umas rôpa (haute couture) pra nega – aquela que reclamou do samba e da mulata (no episodio História na visão de um simples).
E a coorte de classe média, que sempre vai no Iguatemi, toma um café e pára na frente das vitrines de classe média, vê com os zóio e lambe ca testa. O cartão visa de pingente do serviço publico é mixo, mas a mulher sabe tudo de consumo: vê revista, fala com as amigas, casadas com empresários incultos, ralé inferior mas endinheirada, arrivistas, culpa da “princesa isabel” (sic), ou os caipira que planta e cria boi e anda de bota suja de bosta de vaca.
Imagine esse famélico povinho se pisoteando assanhado na boca livre das viagens “presidenciais”, daquele que é seu “excelso paradigma”, turvado pela borrachez emocional, devido ao mardito chapéu de abajur de zona! Tal pândega deve atingir cifras astronômicas, nem remotamente sentem um pingo de remorsos... mas tais finórios são discretíssimos, ludibriam todos, afiançados pela imprensa beneficiária, que dá exaustivo destaque, denominando ‘ilustres missões culturais’ tais patuscadas. Os caraduras têm sangue frio, só depois de encerrado o prazo de mandato dobrado do chapeuzudo, aparecem seus sequazes, sem pudor, cobertos de grana de propinas, dirigindo escritórios de consultoria financeira.
Com a dinheirama gasta nesses ágapes repletos de alegorias e folguedos escolares, será que não se financiaria um sistema de telefonia brasileira, concebido por um punhado de jovens gênios nacionais, de uma maleabilidade única, conhecedores da imensa geografia humana e as idiossincrasias do lugar? Usando os polímeros vegetais pro equipamento e aparelhos, cultivados na terra do Sol, abrindo o mercado de ações para investidores de todos os cacifes, e mercado de trabalho pra uma geração de jovens sedentos por uma chance de demonstrar sua inigualável competência. Em vez de pagar o mico dos caras da península, que tomaram dinheiro emprestado dos vizinhos ricos pra comprar latrinas, e otras cocitas mas.
Vou fantasiar um sistema... a vital filologia deveria ser financiada por um dízimo ou um óbolo espontâneo, regularmente efetuado, tipo um carnê, como nas neo-religiões que prosperam tanto. Os adeptos da língua portuguesa, com 10% da renda manteriam a chama acesa, eu seria um dos primeiros a contribuir - sou fã do Camilo, adoro literatura portuguesa, esculpi quatro estátuas em homenagem ao Fernando Pessoa e seus heterononimos em Lisboa - com tais recursos até tacariam gasolina na fogueira, impondo tal idioma a outros povos. Há hipótese disso acontecer, está no livro “O Admirável Mundo Novo” do visionário Aldous Huxley, onde a língua falada naquele mundo do futuro era português do Brasil (bem que podia ser a Língua Brasileira, com Ortografia Brasileira Independente). As coisas incríveis daquela sociedade, clonagem etc. estão aí, e o Brasil nunca esteve em situação tão promissora.
Como nas neo-religiões, a arrecadação manteria com folga toda a estrutura hierárquica, desde o insigne ministro da língua portuguesa, até o simples catequista missionário (esse seria o professor do primário).
O presidente moderno doaria Brasília, essa consolidação, essa absurda solidificação do abstrato Processo de Kafka, o idealizado politburo, árido, desidratado, mundo da depravada inversão de valores, essa desidratação, conservaria os alfarrábios, a umidade poderia ser controlada, a presidência e a corte voltavam pro Rio de Janeiro.
Isso aliviaria imensamente o erário, com a folga seria possível uma proporcional redução de taxas.
A redução seria usada como incentivo para os beneficiados patrocinarem os pesquisadores, impulso inicial para uma evolução nunca vista na história do homem, e ambos serem donos das patentes – tipo nosso vizinho que dá certo sempre, e que nem sabe que existe esse mantra da pobreza.
Detalhe deprimente, estarrecedor: os homens que inventam, e tem de saquear o próprio bolso murcho pra dar continuidade às pesquisas dos nossos institutos não recebem nada de royalties do direito de sua criação.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Entre o hífen e a mecatrônica
Caramba! Estamos no país do cara que inventou o avião, o mesmo onde sem quase ninguém tomar conhecimento, a juventude desenvolve milagres como esses; esses garotos fariam um homem, ou uma mulher bio-mecatrônicos, depende da preferência sexual... só aqui já temos o nariz e a mão, (AVISO aos indecentes pervertidos: atenção, muito cuidado, porque o cu seria um afiado apontador de lápis) isso investindo uma mínima partícula do que estamos dilapidando para resolver se o tão necessário hífen permanece... afinal, como se grafam palavras tão relevantes como porta-chapéus, manda-chuva, baba-de-moça...?
Eu poderia indicar uns moleques escultores pra fazer o exterior, dentro dum padrão estético, brasileiro, atual, mesclado, nada de homem vitruviano!
Sensores ampliam percepção de portadores de próteses de mão
O sistema é composto de pequenos sensores conectados a um circuito integrado. "Eles também são ligados à pele por meio de transdutores, pequenos dispositivos que transformam os registros dos sensores em impulsos elétricos", relata o professor da EESC Glauco Caurin, coordenador da pesquisa. "Sensores de pressão registram as impressões de tato, pressão e vibração.".
Os testes com pacientes amputados são feitos na Faculdade de Medicina (FM) da USP, com a colaboração do professor Emygdio Jose Leomil de Paula. "Os usuários de próteses aprendem a lidar com as informações que os sensores estão captando e com o tempo adquirem uma percepção muito apurada de temperaturas frias e quentes, por exemplo", conta Caurin.
Essas indescritíveis – e, graças a repugnante omissão, anônimas – decididas, sintéticas, eficientes equipes de mestres e alunos repelem visceralmente o que se segue, dentro de escopo anedótico:
Gabinetes formados por piramidais esquadrões de diretores e assessores junto a uma numerosa hierarquia burocrática, que registram tudo em minuciosas atas, tudo no papel almaço, escrito em caligrafia comercial, por caneta tinteiro – Bic não é de bom- tom*? (tá vendo ao que me refiro? essa peça do vernáculo é com hífen ou não?) dentro do âmbito do Acórdão Oficial Cartorial Ortográfico e Onomatopéico, o impoluto A.O.C.O.O., vigente em Portugal e suas províncias de Ultramar, em três vias, com a devida firma reconhecida e assinatura de três testemunhas. Não pode sulfite por causa do padrão convencionado no pacto dos Alfarrábios, Arquivos e Cartórios, a diligente A.A.C. A resolução esta publicada no diário oficial, de 9 de março de 1912.
Só foi publicado o decreto nessa data e não em dezembro de 1911 porque o Exmo. Sr. Diretor e o colegiado de adjuntos entraram em recesso regulamentar, no período do natal ao carnaval.
(Juro que vi recentemente num telejornal, perguntem a um advogado, que nossos tribunais estavam morosos por causa do escasso numero de costureiras que atam por meio de agulha e barbante os calhamaços dos volumosos processos).
Enquanto escrevi isso, o menino da mão já deve ter criado o catso eletrônico.
Hoje temos assunto vital, premente, o tão necessário acordo ortográfico. Não se trata de brincadeira, por isso estão unidos, em heróico esforço de guerra, todos os setores da República, em busca da forma filológica, filosófica, diplomática e sociológica (e também da área econômica), com vigoroso empenho e elucidativo apoio da imprensa, pois isso envolve as comunicações entre nossos irmãos os C.P.L.P. e P.A.L.O.P´s, e pode causar forte impacto nas populações, em todos os níveis da sociedade, coisa que nossos proeminentes dignitários e suas diligentes equipes de serventuários estão se esfalfando para detectar e amenizar, numa ininterrupta ponte- aérea*? transatlântica Rio-Paris, cidade neutra, prova da imparcialidade dos nossos representantes. Também as pesquisas feitas na Sorbonne, onde temos cadeira permanente, são mais detalhadas.
E meritoriamente devido à relevância da missão, dispõe a Cidade Luz de hotéis mais condizentes com o status deles e de suas dedicadas senhoras, as cartas de vinho nem se compara, e as lojas de lembrancinhas pra família são chic e mais variadas, além de oferecem mais opções de escolha dos merecidos mimos pros filhos e demais parentes que ansiosos aguardam o retorno dos insignes próceres a amada pátria.
Nariz Eletrônico
Software que detecta odores à base de Poliméricos foi desenvolvido pela UFPE e pela UNICAP
Publicado em 14/08/2002 - 12:00
O Nariz Eletrônico traz um diferencial em relação a outros sistemas, já que os detectores que captam o odor são à base de Poliméricos - uma variação do plástico que é capaz de conduzir energia.
Formado por um conjunto que inclui sensores conectados a um computador (PC), onde são armazenadas e processadas as informações, o software identifica os odores e disponibiliza na tela do micro as informações sobre o cheiro captado - composição química, molecular e variações.
Pedimos aos jovens da área de exatas que contenham suas dispendiosas requisições, fios, alicatinhos, chavinhas de fenda, e as malditas tralhas de computador – essa engenhoca do diabo – que invadiu o sacrossanto espaço das irreprocháveis e engenhosas maquinas de escrever e calculadoras mecânicas, projetadas pelo multifuncional sábio Leonardo da Vinci. Esses mal-criados(*?), não sabem trajar um terno, nem aprenderam fazer o laço das gravatas, nem engraxar os próprios sapatos, mal-vestidos (*?), calçam tênis chulezento, calças sem vinco... vão à escola nesses andrajos, numa atitude acintosa em relação aos solenes mestres, guardiões da tradição lingüística (e a “trena” (sic) tira?), traço de união entre povos irmãos! Com que ousadia esses maus-elementos (*?) que fumam ervas alucinógenas, entre outros hábitos perniciosos, e ficam plantados dias após dias, sujos desgrenhados, em frente a essa maligna caixinha, que corrompe a moral e os bons hábitos, ousam exigir essas bugigangas, diante da premente situação de nossos filólogos nesse momento crucial???
Inconvenientes, vão pedir para vossos pais comprarem seus inúteis apetrechos, esses libertinos inconseqüentes que vos educaram tão mal! Em lugar dos lúdicos e educativos bilboquês e diabolôs – que deveriam vos divertir de forma salutar – vos forneceram, desde a infância, essas estrangeirices corruptoras! Tarados, ficam vendo coisas obcenas na telinha, logo, quiçá, vão por em pratica a indecente anedota italiana: “língua, orgão sexual que os antigos usavam pra falar”... Porcalhões!
Ler noticias sobre esse tal de "acordo" ortográfico não dá só mera azia no Lula, um brasileiro de estômago forte. Faz mal muito maior, aniquilam a auto-estima(*?), desestimulam, confundem, quebram a moral desse povo no inicio de sua formação. Acorda, brasileiro!!!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
História Contemporânea na Ótica de um Simples
Apresentada no balcão do Boteco Niilista do Veleiro Invisível
Minha divagação produz essa explanação singela, de pessoa que nunca fez parte de nenhum grupo organizado da sociedade. Acho que sou um entre os raros respingos do caos primordial que não se amalgamaram.
Não consegui aderir a nenhum sistema, não por hostilidade ou desdém, simplesmente mente nunca usei o filtro ótico imposto pela formação que a indústria acadêmica vende caro, ou o estado oferece gratuitamente, mas cobra tolhendo a espontaneidade, criatividade e o senso crítico de que somos portadores por herança genética, e só exercitamos na fase pueril, ou se formos especiais ou excêntricos.
Atuo numa constante e romântica aventura há muitas dezenas de anos. Tenho afinidade e tenho como paradigma os valentes que dormem na rua, ainda não tive essa coragem (só experimentei umas duas vezes por porre). Gente da linhagem do Diógenes, da escola cínica (kynikós em grego) aquele grego da barrica. Não tendo vínculos, sendo meio niilista, absorvo a informação cotidiana de modo vadio, sem rumo, mas sem parar. Comparo fatos, formo a opinião que a razão filtra idiossincraticamente. Algumas conclusões, estabeleci na infância, não aceitava a honra que os (justificadamente) mal pagos “fessores” queriam conceder a histriônicos personagens, protagonistas de pândegos episódios e hilariantes happenings... mandei bem cedo suas imprestáveis lengalengas pra puta que pariu.
Pegava o dinheiro do envelope da mensalidade e partia pra grandes estripulias (pagava o cinema pra molecada no Radar, na Av. Santo Amaro, e íamos comer sundae, banana-split e tomar coca-cola no Parfait da Joaquim Floriano). Até ser descoberto demorou quase um ano.
Do grupo que adiante disseco conheci o mais intimamente permitido três representantes, pois meu trabalho (escultura) costuma ser troféu dos personagens, e por eu não oferecer perigo, e estar próximo durante longos períodos, cheguei a ouvir coisas intimas, onde dá pra perceber que eles são – na essência e fisiologia – semelhantes ao restante, mas pra manutenção do status de líder, que geralmente são forçados a assumir, motivados por alguns pontos fracos ou pobreza – que os atormentaram na infância – aos quais resolutos, desrespeitosos e sem medidas reagem em reverso, passando a desenvolver patologicamente armas que faz deles pavorosos, brutais e incontroláveis titãs da atualidade.
Todos nós machos, homens ou irracionais, portamos entre as pernas um saco escrotal, ou colhões, potente equipamento imposto pela mãe natureza na infindável obra da perpetuação das espécies. É o gerador da virilidade, arma imprescindível pra seleção natural, onde um macho procura violentamente superar o outro. Nas espécies mais bem armadas, o combate é ate a morte, de onde sai um padreador glorioso e um é descartado.
Os humanos modernos, civilizados, por temor diante da dor, e os únicos capacitados – devido ao fabuloso cérebro – desenvolveram manhosos artifícios, os hormônios dos testículos deixaram de produzir a fulgurante fúria masculina vista nos felinos, nos galos ou cavalos... Passaram a tecer ardilosas manobras onde liquidam de forma inexorável o débil, sem desgastes físicos, se regozijam e divulgam a façanha e o butim, assessórios correspondentes à sua juba, presas, garras, musculatura ... Características que distinguem os machos dominantes de outras espécies (e alguns humanos que não recorrem muito ao cérebro), no homem alfa estão expressas na capacidade de amealhar e armazenar coisas. É um grupo muito pequeno que lidera a totalidade de dezenas de bilhões de dominados, divididos em extratos ou classes. O líder tem a estranha capacidade de ajuntar zeros à direta de qualquer algarismo, em quantidades absurdas. Pra manter a posição, constantemente fazem e exibem com farta divulgação demonstrações de crueldade, castigando aleatoriamente grandes rebanhos de subjugados. Quanto mais destituído da magnética pujança, atributo primordial na seleção das espécies, quanto mais o humano campeão se atrofia e anatomicamente envelhece, mais é impelido a desenvolver seu colossal e pervertido cérebro. O escrúpulo do macho-alfa está bem retratado no personagem Mr. Burns, dos Simpsons.
De posto de comando simples, (uma escrivaninha) no campo de batalha (todo o mundo), joga o jogo da vida contra seus raros adversários, com energia relativa à inconseqüente alucinação combativa do galo de briga, exemplo de tenacidade fatal, vai até a morte, enquanto restar vida ele combate. Esses homens alfa, na sua especialização, são magníficos em ação, porém invisíveis, ninguém os conhece.
Seu campo de luta é pequeno, restringe-se a uma rua – Wall Street , NY. – e o combate tem de ser desregrado, a única exigência é a criatividade. Quanto mais inescrupulosa, mais notável a batalha. O xadrez é um modelo sintético do jogo, o real é encenado por representes vivos. O Player dá alguma autonomia às principais peças do jogo, os CEO´s. Belos, imponentes, copiam muitas características dos cavalos resfolegantes, com olhos de fogo, que selecionam e colecionam. Do rei, tem os tesouros, que possibilitam ágeis manobras, tem a danada da poderosa rainha, tem torres, sacerdotes, e por fim dezenas de bilhões de peões. O desenrolar dessas partidas chama-se história cotidiana, o premio e munição pros infinitos reality-games fica armazenado em mitológicos, inexpugnáveis refúgios da Europa, Liechtenstein, Zurich, Brussels. Pros outros animais a guerra é para somar exclusivamente fêmeas pra reprodução, no humano a paixão dominou e virou jogo pelo jogo, é vicio incurável.
Essa análise anatômico-social me pareceu bacana, depois volto a isso. No momento quero mostrar de modo jocoso minhas conclusões sobre tema que me intriga.
Eu, apesar de paria, alienado da rede social, assisto de muito perto aos eventos que humilham, infatigavelmente, o conjunto de homens cidadãos do magnífico país Brasil. Limito o ângulo do foco ao meu território nativo e a alguns de seus parceiros.
Há pouco tempo nos desconcerta, aos mais velhos, a mutação causada pelo avanço das comunicações , que subitamente passaram a simplificar de forma indescritível as relações da humanidade, a imensa coletividade com rapidez vertiginosa está se tornando uma única aldeia.
Como o sadio sol da manhã, a descarada e bem vinda invasão da privacidade, que quase todos sem exceção temem, é só uma minúscula amostra do mais alto grau de civilização, que o bêbedo navegante ibérico encontrou e exterminou: a telúrica, esclarecida cultura do Tupis Guaranis (num malcriado ato de desrespeito chamou de índio) pelados no calor abençoado, nada privado, tudo exposto ingenuamente, a planta da aldeia integrada, comportava taba e ocas; sua nutrição, com base na magnânima mandioca, fécula sem o nocivo glúten, talvez a mais singela tecnologia agrária: basta fincar na terra um talo e aguardar (a critica de Monteiro Lobato a esse ilimitado recurso da terra é injusta, carece de análise atual). A abundante oferta de proteína animal estava ao redor da aldeia, abatida de modo entre o místico e o esportivo, em caçadas ou pescarias.
Tinham por sua vez códigos de guerra complexos, absolutos, hierárquicos, permeados de rituais. No trasbordamento da energia masculina, era definida a posição na tribu, e mantido o equilíbrio populacional. Espero que no futuro, com a educação e criatividade, possamos retornar pelo menos parcialmente a essa vida singela, senso comum, honestidade e parcimônia. Andar pelado no calor, igual índio, abaixar a guarda, o índio tem pouco chefe, pouco código legal e fé no que vê em viagens deslumbrantes que seus fumos e bebidas magicamente descortinam.
A ação dos ibéricos foi réplica da dos romanos em suas terras. Antes do imperialista romano, eram rupestres caçadores coletores, viviam em covas e cavernas, domesticaram o lobo, também andavam pelados no calor e se cobriam com peles de animais no inverno. Caçavam seu delicioso javali, cervos, coelhos e perdizes, colhiam frutos silvestres, mas, diferente do tupi-guarani, que optou pela morte à servidão, esses aceitaram passivos a pesada cangalha imposta pelos itálicos, e passaram a produzir oliveiras e vinhas como tributo de vassalagem, também ovelhas, vacas e soberbos cavalos para os requintados senhores da urbe. No desenrolar da história, a península serve de refúgio pra godos e celtas, fundem-se todos. As hostes romanas saem de cena, mudam as táticas de domínio, passam a tributar através da religião – muito mais clean que amansar brutos – o exército substituto adota a batina.
O espaço vago é rapidamente preenchido pelos berberes, da fronteiriça África surge o Islã. Arguto, conquista, tenta educar e imprime as características atuais desses povos ingênuos e corajosos.
Riquíssimos e cultos príncipes do Magreb, desse importante período da história da humanidade, digladiam-se entre si, se auto destroem, abandonam a colônia. Deixam a mais rica civilização até então conhecida, maravilhas arquitetônicas, universidades completas, vastíssimas bibliotecas, hospitais, planos de viagens, know how de navegação de longo curso; vejam a ilustre civilização Al Andaluz, Córdoba etc.
E esses iberos, os recém alforriados, malucos ávidos por riquezas, precipitadamente se atiram ao mar em caixotes de pau, tangidos pelos incertos ventos nos lençóis de pano, orientados por um genovês, e chegam a um mundo completamente desconhecido, a cultura do lado Atlântico – essa que comecei descrever acima – muito mais evoluída. Nunca os grilhões dos metais os seduzira, nem sequer imaginavam o que era trabalho, tava tudo no lugar onde foi criado. Essa terra, muito mais custosa de saquear, ficou pro rude lusitano, teve uma faina danada pra romper a selva impenetrável, desencavar o ouro e derrubar as madeiras. Essas dificuldades levaram-no a cometer uma das maiores porcarias da humanidade, a captura e escravidão sem limites do homem da África.
O hispânico, por ter boa parte de suas costas voltadas ao Mediterrâneo, tá dois pontos acima na escala Q.I do que o luso, menos desenvolvido por viver isolado, de frente para o vazio infinito do Atlântico. O espanhol se regozija ao descobrir o homem do Pacífico, que manipulava metais, ouro, prata e gemas em grandes quantidades, pra uso em rituais requintados, tudo já fundido em obras de arte sacra, ao alcance da mão, bem fácil de coletar. E pra apartar o vizinho português, pede à sua Santidade, o Papa de Roma, que trace uma linha divisória, um tal tratado de Tordesilhas.
O inca, o maia e o azteca, e mais uma infinidade de nações aceitaram a canga chorando, por estranhar o novo senhor, mas cederam rapidinho, pois estavam adaptados a servir seus deuses sanguinários e sua monarquia exigente. Talvez para alguns até tenha sido bom esse novo algoz, porque os seus patrícios, além de obrigá-los a construir imensas pirâmides, sem conhecerem o uso da roda, inda arrancavam seus corações e bebiam o sangue, em macabras cerimônias. As liturgias de sangue eram método que o processo telúrico aplicava pra melhoramento, seleção e controle de população. O ouro, símbolo transcendental, unicamente empregado nos místicos paramentos, não servia pro câmbio.
A quantidade dos intrusos era insignificante, e deviam estar a “al borde de um ataque de nervios” e bem derrubados, pois vinham prensados naqueles barquinhos, imundos, junto com porco, galinha, vaca, cavalo, rato, barata, pulga, piolho e o escambau. Além de pioneiros na navegação, foram o número um em guerra bacteriológica. Transportadores de peste e outras porcarias afins, ao aportar esfarrapados, cobertos por trapos de sarapilheira, com chapéu de ferro batido e pesada armadura, infecciosos deram partida ao extermínio de gentes quase perfeitas. Esse processo permanece ativo, ininterrupto há quinhentos anos
O hispano, seduzido pelo sangue de Dioniso, pelo inebriante Vino, introduzido pelo hedonista romano, serve a esse senhor cegamente, sente repulsa e ódio pelo abstêmio islâmico da África. Embotado pela borrachez, cabisbaixo pela semeadura e ceifa do grão e do feno, quando mirava pro alto só via a amada vinha ao alcance da mão, em seguida as azeitonas no pé, e o infinito era a torre da igreja, sofismático bastião romano.
A vaidade e absurda riqueza dos beys e califas geram cobiça entre os pares e desrespeito à escala hierárquica, transformou os ágeis guerreiros a cavalo em rotundos e lânguidos sibaritas, também creio que não resistiram à tentação e começaram a cair em grandes porres. Esse desregramento desintegrou-os ao ponto do herói maior da hispanidad, El-Cid Campeador, poder derrotá-los sozinho.
Essa inebriante isca (o vinho) clama pelo retorno do antigo amo latino, o soldado romano de batina, e a nova arma eram as ferramentas de tortura da inquisição, o inclemente archote e a lenha da fogueira. Isso fascinou esse povo primário, que os usou à exaustão.
Dos incalculáveis tesouros islâmicos pouco ficou. Lembro esses: a morenez, os artigos al, el, la, lo, mais algumas palavras, os indescritíveis palácios e mesquitas, hoje fortes atrações turísticas, e a bronca pelos quatro séculos de abstinência alcoólica. Tratando-se de povo iracundo, arrogante, repudiaram os tesouros de sabedoria Árabe. Ao invés disso pegaram o fogo da inquisição e partiram pra cima de outro povo semita, os pacíficos judeus, que há longo tempo habitavam e movimentavam o lerdo mercado da península.
Essa fúria acabou proporcionando a fundação de NY, pois os sábios judeus fugiram pra liberal Holanda, dona de terras na América, chamadas Novos Paises Baixos – depois Manhattan. Os judeus foragidos se interessaram pela região, vislumbraram grandes oportunidades futuras e lançaram-se para essa New York, hoje a capital do mundo. Se tivessem permanecido nas lojinhas da modorrenta península, afagados pelo mistral, cálido vento africano, pai da preguiça, talvez a história fosse bem diferente.
Tudo isso vejo sem emoção, nada de maniqueísmo. Não dediquei tempo para estudos profundos, vejo essas ações vis como lixo histórico, sou Brasileiro, altivo. Creio que a história acaba com Napoleão Bonaparte e a Constituição Americana, eventos que equalizaram a sociedade humana. Jamais teria a pretensão de ridicularizar, acusar ou defender um ou outro; igual o naturalista, não posso criticar ou interferir, só admiro e participo com meus olhos e a mente do drama, que esses heróicos navegantes, bravamente iniciaram. Em tom folgado, busco descrever o prodigioso espetáculo, dinâmico, insondável, surpreendente, que a mãe natureza pela eternidade cria e desenvolve...
Mas além deles surgiam outras velas no horizonte. De origens semelhantes, os anglo saxões também foram aculturados por romanos, mas, por características de sua terra, desenvolveram e até hoje demonstram finória esperteza e nobre superioridade. O solo não prestava pra uva, eles bebiam fogo em botelhas, coisa pra macho. O áspero scotch, que deixava brabo, doidão, era feito do cereal destilado pelas mulheres – pois os homens estavam ocupados entre guerras e porres. As sobras também viravam o principal alimento, a encorpada beer tomada quente, que acompanhava grossas peças de caça assada. Estes hábitos lhes deram a potência pra escorraçar na porrada rapidinho os todo poderosos romanos, antes os militares, depois o clero, e possibilitaram a formação da cultura que incontestavelmente manda no mundo até presente momento.
Eles passam a usufruir da prodigiosa pilhagem do continente do sul do mundo, de uma maneira espetacular, romântica, o “Sonho Maior” de todo menino – o heróico Pirata. Esse grupo de ativos bucaneiros não participa nem se desmoraliza com o brutal genocídio, pois suas façanhas nas cruzadas tinham edificado o caráter e o nobre cavalheirismo. Cometiam atrocidades maiores do que os ronceiros vizinhos da porta da África, mas com fidalguia, à distância. Aprenderam com povos por eles conquistados a usar o cérebro, órgão que desenvolveram brilhantemente. Com a língua e goela sapecadas pelo whisky, nunca se deixaram domesticar por glutões epicuristas latinos.
Adoráveis sacanas, os piratas passaram a arrecadar 90% do total do que os broncos ibéricos atulhavam nos navios e que entregavam na boa, sendo abandonados em canoas. Os piratas, com esses despojos, que eram entregues a corte, fizeram a armada naval de seu país tornar-se imensa, e passaram a dominar o globo, mas sempre mantém os iberos atados ao pé, impondo pesadas taxas, através de guerras e outras manhas.
Chega!!! Volto à tecnologia de comunicações do incrível Brasil do século XXI. O que tem a ver com isso? Vamos fazer um hiato no tempo, evitar o sórdido, ignóbil, abjeto capítulo “escravidão”, encerrado ontem, em 1974, com as podres guerras coloniais portuguesas, em Angola, Guiné Bissau e Moçambique. Xô, deixa essa peste pra lá, credo, tesconjuro.
(Vale a pena - clique aqui para assistir na íntegra este documentário. )
Nesse salto caímos em pleno século XXI no paradisíaco Brasil. Desculpem a ilustração escatológica, mas sempre ouço a frase “mudam as moscas, a merda continua”. Aqui tá diferente, a merda continua e as moscas continuam, as originais, do início da cagada da colônia, perpetuadas por sucessão ou clonagem.
Como eu deduzi, os labregos simplórios, fundadores dessas colônias, sempre foram extorquidos pelos elegantes lords anglo saxônios, galos, e clérigos romanos. Bem, agora isso já não pode continuar. É a C.E., né...?
Ãããã? huum? Será??? Legalmente, não poderia não, mas como disse, os atrofiados garanhões têm mais prazer em usar na arrecadação dos lucros métodos inescrupulosos e, habituados com a contribuição centenária, não iriam dispensá-la por bonzinhos.
O raciocínio Alfa passa a maquinar e iniciam o Game, que me afeta, pois o cacife da parada é parte do meu Brasil. As peças são, de um lado o presidente e a peonada do Brasil, do outro os ibéricos.
Start the game: enchem os até então paupérrimos peninsulares de créditos impagáveis, a justificativa foi sua inserção na pseudo Comunidade Européia. Começam pela higiene, saneamento básico, proíbem-nos de habitar com o gado e outras práticas que mantiveram até a morte de seus carrascos ditadores. Salazar 1974, Franco 1975. Até essas datas fora mantido o sistema sócio-econômico do Medievo, a vassalagem e suserania, e parte maior do PIB proveniente do vinho, azeitona e rolha de cortiça vertia para Roma.
Certa vez, um velho soldado francês fez um comentário absurdo, “o Brasil não é um pais sério”. Não é mesmo, graças a Deus e isso é que distingue o nosso país. Aqui vão algumas características: invariavelmente chegamos atrasados, a maioria joga lixo no chão, coisas imperdoáveis, e a canalhice maior de querer levar vantagem em tudo, sempre tomando ferro, e nunca aprendemos. Somos, normalmente, “vice isso”, “meio aquilo”, “quase fui”, rimos do fracasso. O que os ferozes machos velhos de outras terras têm de maquinar com complexos raciocínios, aqui se consegue com o safado trambique, os golpes são rápidos e mal engendrados mas, quase sempre, bem sucedidos, poucos ficam na bronca, só algum funcionário velho, que se auto considera impecável, mas é safado também. O povo em geral admira o malandro bem sucedido, inveja, e espera sua vez, muita gente compra ou batalha por um canudo de doutor pra não ficar no xadrez do pobre, se for preso por falcatrua.
Essa solene declaração de néscio foi proferida, em tom epistolar, pela defunta mulher do personagem presidente; com o nariz demonstrando asco, a complexada diz, em tom de magistral crítica, que “o Brasil não deveria ser conhecido por só mulata e samba, que também produzimos boa arte”. Peraí. O Louvre tem quadro, escultura e tal, a Broadway, teatro, musicais, e o Rio de Janeiro, gostemos ou não, o maior espetáculo do mundo. Tem coisa mais linda que uma garota carioca? A mulata não é a síntese da beleza das raças? Distintos apenas pela separação telúrica, Jamelão, Pavarotti, Ary Barroso, Gershwin, Clementina de Jesus, Nina Simone,e a Elza Soares tem comparação? pode haver artistas da mesma estatura, mas superiores não! (incontestável exemplo do mantra da pobreza). Véia tola, morreu tarde, xô! Passa!
O país é exageradamente rico, jovem, na região sul, principalmente, feito por populações adotadas de países violentados por guerras, fome, e outras mazelas. Até hoje, depois de um século, por não se acharem dignos de tão grande benção ainda nem começaram a notar o delirante espetáculo que é a vida no Paraíso. Ao chegarem as primeiras grandes levas provenientes do velho mundo, Europa, Ásia, substituíram o homem da África, vítima de um dos mais porcos e burros episódios de sempre. Esse estava aqui humilhado, espoliado de suas magníficas e múltiplas culturas, pois foram traiçoeiramente arrancados de todas as regiões do continente África,muito mais abundante que o Brasil, mas em eterna guerra, interna tribal, ou contra estrangeiros . A nota do sr. Edilberto Teixeira sintetiza esse ponto que repetitivamente insisto em utilizar: todas as diferenças anatômicas, políticas e culturais são frutos do processo telúrico,
Segundo Edilberto Teixeira, "Telurismo é a influência do solo de uma região sobre o caráter e os costumes de seus habitantes. O que é pertencente ou relativo à terra, a sua força telúrica. .
Essas pessoas, movidas em grandes massas, ao chegarem ao Paraíso terrestre só tinham na alma um sentimento, pelo que ouvi de velhos de diversas raças: o de um filho deserdado e injustamente expulso do seio da amada família. Deve ser terrível, estive nos Alpe di Siusi, Alto Adige, hoje elegante estação de esqui, de onde fugi precipitadamente. A emoção me travou, não conseguia pensar nem ver, pois chorei, chorei e choro de novo ao imaginar minha doce e caseira avó, Lucia Gottardi, descendo aquelas montanhas cobertas de neve, gente há milênios arraigada àquelas frias, perfumadas alturas, e de repente chegar a um apocalíptico porto de mar.
Seus olhos azuis da cor do céu alpino, abóbada azul clara, casa de seu Deus, Santos e Anjos, e que era a cúpula de sua aldeiazinha, na eterna neve. O mundo era isso, o resto eram histórias, fantasias que o avô projetava diariamente ao crepúsculo, à beira da lareira de chama vital, ritual vindo da raiz da arvore genealógica.
Num vórtice, milhares de tipos tão simples e chocados quanto ela, uma menininha frágil, broto de longa tradição camponesa, de mãos dadas à estarrecida mãe – num turbilhão de sotaques incompreensíveis, rudes empurrões e pisões – são socados na Nau dos infernos, rodeados de demônios loucos urrando, passam intermináveis dias e noites em cataléptica agonia, longe do aroma do verde escuro pinho silvestre (só quem tocou o ramo do italian pine pode saber o que digo). Isso é a pura realidade, não tenho poder de recriar o infernal drama vivido por eles, o sentimento é intraduzível.
Aldeões pacíficos, o inicial choque rapidamente é superado, são praticantes do mais singelo dogma cristão, dividir o pão. O alarido, num instantâneo acordo, torna-se a nova língua, primeiro grande passo desses humildes heróis na direção de formar um novo povo. Em alguns dias vai ser parida uma nova civilização, em um Berço Esplêndido, e esse fedor de porão de navio é cheiro desagradável de um ato cirúrgico, a dor é dor de parto.
Um dia finalmente a ressurreição; abrem-se os portais da malévola barca, a tenebra é expulsa pelo Deus Sol. Sol, Luz Divina, calor, calor, muito calor, bananeira, paineira, as incompreensíveis, magríssimas palmeiras, espetadas no céu muito azul, azul forte, com a cabeleira verde agitada pelo vento quente, sugeriram bandos de mulheres loucas. Gente de peles beije, ocre, marrom, preta, mal vestidos, de sandálias, meio sujos, língua absurda, patrões arrogantes. Aqueles granjeiros da idade média vão pra uma fazenda no mato, o perfume exagerado, perturbador dos matos, a visão das florestas, o onipresente, incessante som vindo daquela gigantesca selva – aves, insetos – tal sinfonia, escrita em compasso estrangeiro, deixava doido, não conseguia agradar. Seus ouvidos estavam adaptados a sons mais baixos e harmônicos, das ovelhas, das vacas, o trinado dum uccello, os sons mais altos eram o galo na nevoenta e friíssima manhã, do sino da torre da igreja, o do coro italiano da igreja da aldeia, a missa e as ladainhas em latim, e do uivo surdo interminável das ventanias noturnas pela chaminé.
O único pensamento de todos, sem exceção, era rapar o que pudessem dos fartos recursos desse lugar pra lá do inferno, oriundos de universo pueril, composto de processos agrários milenares e suas conseqüências, a singela fé católica, e lendas e fábulas de potes de ouro, em um lugar difícil de atingir. Quando alcançassem era o sonho se consumando, daí retornariam à sua linda aldeia com um grande baú de ouro, e comprariam a melhor área de terra do nobre, e sua filha se casaria com o filho do nobre, e assim se faz um Brasil...
Esse pensamento de que aqui é terra de passagem permanece. Vejamos o ridículo elenco de nomes que dão às empresas e edifícios: é fontana di trevi, flor do minho, via marguta, pateo de sevilha, meson des fleurs, île de france, e o caraio a quatro. O verde amarelo da bandeira parece causar constrangimento, a não ser na ocasião de jogo de bola, em que só falta enterrá-la no peito. Mas isso é efêmero, não é traço de união durável, o evento é rapidamente deletado.
Mas está ocorrendo esse fenômeno maravilhoso: as comunicações – principalmente entre o privilegiado mundo jovem, perfeitamente adaptado – tornam o PC um complemento, extensão de seu cérebro, que reúne a todos os semelhantes no mundo pelo simples toque de dedo num do teclado. Assim como o Brasil, ainda não deu tempo de assimilar, e é realmente infinito em recursos a serem descobertos.
Tão ingênuo e inocente quanto o tupi- guarani, que não se deixou subjugar, pela força não temeu o chumbo quente, ou o aço afiado, morria com a honra dos grandes heróis, mas, como feroz tigre, caía nos mais simples engodos; pro tigre um cabrito, pro guarani espelhos e contas, pôs a mão tá tramado, daí vem a pinga, o sal, açúcar, não luta mais, desiste de defender o Paraíso Terrestre por quinquilharias baratas, rola bêbedo no pó babando, a tribu arrasada desfeita, a arte de viver se desvaneceu, sua mata corroída, seus animais extintos, bois, cavalos e outros animais, roças imensas de plantas estranhas , elementos forasteiros arruínam a vida das antas, pacas, veados, caititus, jacus, emas. Rios empestados, a água rápida cristalina passa a ser pastosa gosma de cor repugnante e fedor nauseabundo, pestilento, cadê o dourado o pintado o delicioso lambari? Por ultimo entrega os maiores bens, a família, as filhas virgens, sem o conceito trabalho, não aprende a plantar cana, pra marvada pinga, tem de mendigar, sem pesar, ébrio e saciado, transportado ao mundo dos sonhos pelos vapores etílicos.
O que pretendo expor é atual, é hoje, e igual esse irmãozinho bêbedo, um pobre professor, por artimanhas sabe-se lá de quem, acorda presidente do Brasil.
Homem elegante, envergando trajes e sapatos sóbrios, relógios, discretos, pregava ética. Com a mesma finalidade que o antepassado guarani, ostentava as penas multicoloridas do cocar, divisas pintadas na pele, os batoques nos lábios, ambos sábios, a diferença nos hábitos e indumentária é só cronológica, ambos líderes de seus povos, mas tinham uma mesma fraqueza, a propensão ao vicio.
O ancestral guarani foi enredado pelo vulgar delírio da pinga, esse descendente, vai ser enleado e extorquido por uma pinga bem sutil. Homem lido, impecável, jamais se permitiria esse vulgar excesso, só beber com temperança o vinho adequado ao momento.
O ancestral exibia o poder dos músculos, a agilidade da fera que vive da caça e guerra.
Penas de aves e tintas, distinção perante a tribu, insígnias do status, o arco e flecha, armas honestas. Já o neto aculturado, cerebral, brilha entre a esperta classe acadêmica. Isento aqui os dedicados professores de exatas que ensinam e aprendem com a molecada, refiro-me aos cabotinos poetas, filósofos, sociólogos, professores de outras humanidades e o restante da súcia.
Pro avô botocudo a armadilha foi através de aguardente, líquida, real. Pro neto de beiços flácidos, artimanhas sofismas, pro presunçoso oco bastou embebedar com elogio.
Pronto, tá no laço, tão inerte quanto o avô. O próprio primeiro ministro da Inglaterra, sedutor, faz questão de enrodilhá-lo em abraços. Não acreditava que podia ser tão fácil manipular a presa. O boca mole por sua vez, deslumbrado atraca o britânico, medo de fugir a rara chance de se tornar amigo de tão insigne senhor.
Esse modesto professor na jovial U.S.P., essa sem idade ainda pra criar tradição, de um dia para outro se aliena do cargo de Presidente da República do Brasil, julga-se o protegido de Minerva, adotado pela deusa da sabedoria, transportado ao Olimpo dos acadêmicos. O velho mundo abre seus vetustos herméticos portais, começa uma intensa turnê por centenárias instituições, recebido com pompa pelos magníficos reitores e de suas venerandas mãos recebe capelos, togas e canudos. Em Londres, num solene jantar, a emoção excedeu o limite do traquejado viajante, rolou pra baixo da mesa, igualzinho ao bugre bêbedo, hospitalizaram, nada não, tava bem, foi vertigem das alturas onde foi alçado.
O porre da vaidade chega no clímax nesse momento retratado e que foi prato cheio dos chargistas na época.
Esse é da Faculdade de Coimbra. Só vi coisa semelhante na zona quando era moleque e ia na zona. Isso na cabeça dele é abajur de zona, abajur da penteadeira da puta da zona, quando eu vi isso no jornal não conseguia mais parar de rir . Essa toalha que o filhadaputa tá no ombro, de onde veio a concepção disso? que caraio vem a ser isso? (só pode ser feito pela vó, isso é arte de vó).
Ó as mãozinhas, acho que o português tá com um anel, vai enfiar no dedo dele. Ó o beiço, largado, frouxo, o que que ele tá fazendo com o beiço? Os olhinhos, não dá pra acreditar. Isso tá meio libidinoso lá pra eles, repara que ainda tem tipo um pincel no topo, no fuça fuça deve fazer cócegas.
Tenha a santa paciência! Isso é pouca vergonha, mil vezes pior que o índio avô bebum. Inda tem uma portuguesa no fundo com umas flores na cabeça, segurando um cetro dourado, que será que vão fazer com ele??
Na Turquia, o Kemal Ataturk mandava matar quem usasse aquelas coisa exóticas, se usasse calça bufante ou aqueles chapéus turcos, facão no pescoço. Quando vi a foto achei que era algum lance estranho na Turquia, porra, essa Coimbra hmmmm, hmmm...
Pra reforçar o engodo, a promessa de enviarem um lixo duma carta que um tal Caminha escreveu ao iniciarem a invasão dessas terras. Nunca li, não sei do que se trata, mas vamos lá.
Como uma reles pinga exterminou os donos desse país e permitiu que espoliassem as riquezas até fartarem-se, esses chapéus e toalhas inebriaram o oco, vazio, egomaníaco.
Como um homem que assume o compromisso de liderar uma pátria como essa lá vai ter tempo de estar atrás de se deleitar com baboseiras de escola? Caradura, que sempre viveu de cheques de sinecura, às custas de centenas de milhões de Brasileiros, crédulos, que pelo que pagam de taxas, mereciam pelo menos ter escola de verdade, que os ensinasse a conhecer seus direitos, para pelo menos saberem que estavam financiando os estranhos delírios desse bosta. O cara deve ter se aposentado, não trabalha mais em escola e pode usar o cargo de presidente do Brasil e nosso dinheiro pra participar dessas cerimônias ridículas, particulares? Inda quando retornou teve o descaramento, a insensatez de dizer, com o beiço frouxo, que somos Caipiras. Pretendeu, com seu intelecto limitado, criar uma barreira de preconceito entre Homens que usam chapéu de boiadeiro versus homúnculo que não sente vexame em por aquele abajur de zona na cabeça, com o dinheiro das taxas impostas aos caipiras, malagradecido
Esse é só um movimento do game, o fundamental, o posicionamento da peça. O fogo da presunção fez um opaco empregado de academia pública, sem a menor noção de valores monetários, além do miúdo salário – coisa que os seus colegas comprovam pelas constantes greves não ser grande coisa – ser o executivo representante de 200.000.000 de vidas, habitantes do maior milagre da natureza; uma sociedade que conta com o que há de melhor do caráter da criatura humana, sobre um território que tem o melhor das riquezas. Que por ser jovem (não conheço quem saiba fazer a relação entre idade de povos e pessoas), acho que esse nosso povo maravilhoso ainda deve estar engatinhando, levanta cambaleia cai, logo vai enrijecer suas perninhas, aprender a andar, aprender a falar sua própria língua, e andando com suas pernas vai pisar baratas como o professor com abajur de zona na cabeça ( porra, desse papalvo tenho bronca de verdade).
Trata-lo por barata com abajur de zona inda é muito, porque o pináculo ao qual o fessorzinho foi lançado, e de que forma egotista se comportou. Presidente da Republica do Brasil atual, é posto do mesmo nível onde estiveram aqueles varões semeadores da liberdade, igualdade e fraternidade entre os humanos, como Washington, Robespierre, Jefferson, Danton, cujos ideais culminaram com a Declaração dos Diretos do Homem e do Cidadão e a Declaração dos Direitos Humanos. Essas conquistas engrandeceram muito além de seus povos – um deles, os U.S.A., tão jovem quanto nós. Ultrapassaram fronteiras, inflamaram os corações e as mentes, reformulando o mundo.
. Tenho absoluta certeza que essa instituição “língua portuguesa mantra da pobreza” é que obriga tal servil postura diante do português laureado da foto, e a atitude reles ao extremo – ao ponto de dizer, com sórdido realce amoral: “esqueçam tudo que escrevi”. Isso se chama atitude de “cadela”, “de puta”, seu sacana. Sei lá quem foi burro de comprar a bosta que ocê escreveu , ou ouviu a parvoíce que pregou com sua vozinha aflautada. Pelo menos faça um recall e reembolse os lesados, ou não, porque o peão trouxa que te ouviu e votou em você também merece.
Desenrola-se o jogo. Dessa vez a pilhagem não será do pesado ouro – os lingotes de ouro do antigo tesouro do Brasil já estão desde 1964 muito bem protegido, no inexpugnável Fort Knox, no United States Bullion Depository, protegido pela elite militar da terra.
Então o que serve de ficha pras altíssimas paradas do jogo é o produto de nossas empresas. As primeiras são as de telefonia, vou procurar descrever como foi a captura da grana: Uma soma astronômica, em dollars, foi emprestada pelo BNDES a um consórcio ibérico, numa cotação de US$1 x R$1. Essa cotação vinha se mantendo por longo período, e foi mantida até um dia antes da data de quitação da dívida. Nesse dia o real despenca: o câmbio passa a ser US$2 x R$1. Toda a falcatrua sob a chancela dessa barata de abajur de zona na cabeça, pelo módico preço de um abajur de zona, uma toalha de vó,e aquele capcioso anel.
Depois de consumada a tramóia mandaram um fac-símile da tal carta do Caminha.
Da mesma forma dançaram nossas grandes rodovias construídas por homens de visão com o dinheiro do povo brasileiro, e o incrível e poderoso Banco do Estado de São Paulo, com seu acervo de imóveis de valor incalculável, aquele edifício símbolo da cidade, e todas as agências instaladas nos pontos comerciais mais valorizados de cidades com mais de cinco mil habitantes. Tudo passa a pertencer a algum espanholito.
Graças à dívida que esses larápios,sumarentos laranjas da península ibérica, meros transportadores de valores assumiram, se empenhando para entrar na C.E. Club dos ricos sem preencher os requisitos monetários, sem dúvida o que está sendo drenado do ingênuo Brasil nem passa por Madri ou Lisboa, vai para insaciáveis cofres virtuais de seus eternos senhores, no discreto Liechtenstein ou Zurich, onde é habito os tios presentearem as crianças com cheques de US$ dezenas de milhões.
Daí se reprisa o episódio do pirata de maneira atual, os dinheiros que os pé de boi estão carregando, vão todos para as mãos de algum recluso macho-alfa.
Não somos mais índios, aqui somos italianos, japoneses, alemães, gregos, troianos e o escambau, enfim, brasileiros, uma nação que está surgindo forte como nenhuma outra, o único país que mesmo se cortasse relações com o mundo exterior, seria auto-suficiente, por suas riquezas naturais, e principalmente por seu povo miscigenado e jovial.
Cuidadinho, pois uma hora dessas pode aparecer um Homem brabo, que lidere esse povo e corra com essa bandalheira. Alguns tentaram isso recentemente, mas foram calados, como calaram o maluco genial Jânio Quadros, que antes de mim identificou a indigna barata e mandou inseticida no assento que o insolente infectou.
Dedico com um abraço cheio de sentimento, aos meus amigos irmãos de Portugal essa terra poética, inspiradora e generosa.
Zé Cordeiro e Edna, brilhando e representando o Brasil com sua sensível pintura;
David, do Solar dos Pregos; Nuno, forcado que segura a fúria do touro no jovem peito, e a malta; o grande Sérgio, herói de guerra (nunca atirou no adversário, só no sabre) que abateu pra lá de centena; Edith; Mario Angolano; que escapou de ser canibalizado (assado na brasa, por uns mercenários franceses); seu João, que tá tomando bagaço no céu; Moisés escultor e todos da aldeia de Maceira, ao pé de Sintra, minha casa por dois anos.
E de la hispanidad, meu camarada piadista, Orides Jr. da Geolit, Federico Garcia Lorca e aquele distinto señor de blanco, que fica pro final.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Que Bicho te Mordeu, Professor?
Artigo na íntegra no final deste post.
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Que bicho que te mordeu professor?
Normalmente não leio crônicas descabidas como a sua e as de outros cabotinos que preenchem espaço ocioso nos diários. Mas comecei, senti pena do sr, e fui até o fim.
Espero que tenha notado que o viajante, ao sair de São Paulo em direção a São Carlos, o que vê nas duas margens da estrada é uma seqüência invariável de propriedades agropastoris, ou industrias, entremeadas de bairros onde vivem pessoas que trabalham nesses prósperos setores.
A partir de Limeira a viagem se torna de um verde monótono, devido aos imensos canaviais, as vezes interrompidos por algum lindo pasto de criação de gado, a soja é de outros campos.
Com certeza absoluta esses elementos são os que dão notoriedade e confiabilidade ao nosso país, e são o tema inspirador da cultura regional, que o sr, idiossincraticamente batiza de provinciana (um bocado arcaico né?), há longo tempo não existe essa demarcação.
Recentemente, a partir da vaca louca, o pais passou a ter expressivo destaque no mundo todo como principal produtor do boi verde, dos biocombustiveis, dos grãos de milho e soja. Temas de vital importância para a humanidade, passaram a dominar as conversas sobre o Brasil no exterior, substituindo os estereotipados jogadores de bola e o carnaval, mas francamente nunca ouvi uma palavra sobre o escritor que o sr. cita, nem sobre o antigo e inconveniente histrião, o iconoclasta de Araraquara, que precisa jogar pedra na cruz pra ter uma mençãozinha na sua lengalenga no jornal.
Por falar em cultura e história, seu cabedal mostra ser mixo, pois parte de um obscuro escritor, tão mal agradecido como o sr. - pois segundo suas palavras o cara tratou com sarcasmo o pobre cotidiano político e cultural do interior de São Paulo. Isso para nós é uma honra, não alimentamos clãs de sacanas brutos como os Magalhães, ou o impostor dono de um bigodão de palhaço, o longevo poetastro Sarnei (segundo o irmão, a alcunha quer dizer Sir Ney, aquele da távola redonda), esses devem ser seu paradigma de cultura e política.
Na matéria história, o jornal o apresenta como autor de livro mazelento sobre o nordeste da seca, região gigantesca de riquezas incalculáveis e variadissimas, que parasitada por mesquinhos e insaciáveis políticos mantém injustamente todas as regiões do mágico Brasil em infame e permanente posto num terceiro mundo.
Graças a homens da rica região sul, que há décadas foram revigorados pelo Licor de Cacau Xavier e o milagroso Biotônico, e mal têm tempo de ler os livretos da Embrapa e o manual do trator (por isso aí o sr. não encontra publico, daí fica com raiva e desdenhando), grandes áreas do nordeste estão cambiando, num escandaloso desabrochar de opulentas plantações.
Voltando à história e cultura, esse boi que o sr. vê como massacrado, desde os primórdios na longínqua Mesopotâmia sempre foi venerado como símbolo de masculinidade, potência, abundância.
Durante o desenrolar da história, participou com o homem de rituais e jogos sangrentos, inclusive copulando, daí gerando - não sabemos se mito ou engenharia genética - aquelas figuras imensas da Assíria que se vê nos museus da Europa ou nos livros, torso de homem de grandes barbas sobre corpo de touro. Essa idolatria viaja para a Creta Minóica, terra do feroz minotauro. O homem se desenvolveu rolando na areia se engalfinhando com imensos touros, a tradição hoje é mantida por cavalheiros ibéricos, os aclamados toureiros espanhóis e portugueses. Nos países americanos, Austrália e África, são honrados os homens que lidam com o precioso gado, que nos alimenta desde a infância, calça, veste e enche o bolso de dinheiro. São os massai, gaúchos, boiadeiros e cowboys. Esse é um povo que não acredita em vidas secas, reage.
O atavismo cultural que carregam essas pessoas que o sr. classifica como provincianos é milenar, trazem informações dos cultos e agrários campos de origem, a democrata Roma, a soberba Toscana, Bolonha, da Itália, terra de Dante, sírios e libaneses de Petra e toda a gloria da comerciante Fenícia, embalados pelo clássico Antar e a luminosa participação no desenvolvimento da humanidade.
Os japoneses de passado fascinante e de presente de avanço alucinante, reverenciam seus hai ku, e cerimoniosos rituais cotidianos, e para nosso bem ainda mantém a abençoada aptidão de produzir e comercializar diariamente os alimentos que nos dão a vida.
Tapado professor que tenta divulgar um episódio da história que deve ser esquecido, tira o tapa (quando ver uma carroça repara num par de quadrados de couro cobrindo os lados dos olhos do cavalo), tira isso da sua cara, participa do capítulo de história de sucesso que está se desenrolando, desiste, nenhum político vai te promover pois é malcriado, vai na vendinha, senta com os peões, carca uma pinga, pita um cigarrinho de paia, gospe, pisa na bosta de vaca e reza pra chegar logo a aposentadoria.
Nó cego lazarento!
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TENDÊNCIAS/DEBATES
"Viver de província"
MARCO ANTONIO VILLA
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Apesar do grande progresso econômico e de concentrar parte expressiva do PIB, o interior continua marcado pelo provincianismo
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NO FINAL do Império, em meio às turbulências políticas, Júlio Ribeiro -escritor, gramático e polemista republicano- cunhou a expressão "viver de província", nas suas "Cartas Sertanejas". Era uma definição sarcástica do pobre cotidiano político-cultural do interior de São Paulo. Depois de 120 anos, pouco mudou:
apesar do grande progresso econômico e de concentrar parte expressiva do PIB brasileiro, o interior continua marcado pelo provincianismo.
A inexpressividade política do interior é suprapartidária. Vez ou outra algum grupo tenta ter espaço regional, mas acaba fracassando. O último foi a conhecida "República de Ribeirão Preto", expressão cunhada para designar os aliados do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, em Brasília.
Porém, a denúncia de uso pouco ortodoxo de uma mansão, na capital federal, levou ao naufrágio do grupo, mesmo com a eleição de Palocci para deputado federal. E o interior, para o bem ou para o mal, continuou sem liderança expressiva.
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) poderia ser um palco para o aparecimento de lideranças interioranas. Contudo, das suas atividades pouco ou nada se sabe. Muitos nem sequer imaginam onde, na capital paulista, se localiza o prédio de um dos Poderes do Estado.
Dos seus 94 deputados, mesmo os que acompanham a política regional sabem, se tanto, o nome de meia dúzia. O noticiário político prioriza o Congresso Nacional. A Alesp é solenemente ignorada: só é notícia quando ocorre denúncia de um suposto escândalo administrativo.
Outra possibilidade seria a ação de alguma administração municipal que se notabilizasse pela inovação. Mas, dos mais de 600 municípios interioranos, quais poderiam ser destacados pela originalidade administrativa?
A política estadual concentra-se na capital e, no máximo, na Grande São Paulo. Os líderes partidários que têm presença nacional também atuam nessa região. O interior é marcado pelo situacionismo, pela política do "sim, senhor". Os prefeitos mudam de partido acompanhando a base política do governador. Não têm opinião formada. E os deputados são cobrados pelos seus eleitores para trazer recursos para suas bases, e o preço é sempre apoiar o governo.
No campo cultural, apesar do grande número de faculdades e universidades instaladas no interior, não houve mudança. O conservadorismo local venceu a potencialidade transformadora da universidade.
Eventualmente professores universitários passaram a participar da política local, mas sempre buscando alguma forma de composição política com os poderosos locais. E, quando necessário, os conservadores utilizaram-se da violência para expulsar os professores indesejáveis, como em São José do Rio Preto, logo após o golpe de 1964, na faculdade local e que hoje é parte da Unesp.
Há uma valorização absoluta do dinheiro e um desprezo pela cultura.
Em muitas cidades há mais joalherias que livrarias. As políticas culturais são fadadas ao fracasso. O poder público -tal qual a maioria dos eleitores- não tem interesse nas atividades culturais: elas não dão voto e, por vezes, dão problemas.
Em Araraquara, depois do espetáculo "Mistérios Gozosos", de Oswald de Andrade, José Celso Martinez Corrêa e grupo foram processados, acusados de "vilipendiar atos e objetos de culto religiosos". O processo foi movido por araraquarenses incomodados "moralmente" com o trabalho de Zé Celso.
Uma "atividade cultural" muito conhecido no interior, espécie de marca regional, é o massacre anual de animais conhecido como Festa do Peão Boiadeiro, em Barretos. Como tudo que é ruim, prolifera rapidamente: os rodeios espalharam-se pelo Estado.
No Vale do Paraíba, criaram até um rodeio para Cristo, que, certamente, deixaria o Nazareno horrorizado.
A maioria dos jornais é subsidiada pelo poder público ou por algum potentado local. O nível das publicações é rasteiro. O espaço da coluna social é várias vezes superior ao destinado a temas políticos.
Quando surge uma imprensa independente, os jornalistas passam imediatamente a ser perseguidos e ameaçados. Basta recordar, entre tantos outros exemplos, dos tristes episódios de Marília, que envolveram um conhecido político local e o ataque criminoso às instalações do "Diário".
Júlio Ribeiro morreu em 1890, aos 45 anos. Viu muito pouco do Brasil com que sonhou: sem escravos e republicano. Mas o interior não mudou: tal qual no final do século 19, continua impressionando pelo dinamismo econômico e pelo provincianismo.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Acordo ortográfico...? Tem acordo?
Leitaria Garrett - Vitorino
No Chiado à tardinha, às vezes,
Sorridentes vao de mao na mao,
Bons rapazes sao bons portugueses
Ai madame, a sua indigestao.
Ideal das empregaditas,
A finória vai um figorino
Tao carcaça veste muitas chitas,
Diz olé p'ro Montefiorino
Leitaria Garrett, dá cá o pé.
Ai tira a mao Joao da coxa doce.
Já está. Antes nao fosse.
O saricoté foi parar ó Marques,
Lá p'ras Belas-artes.
assim mesmo é que é, diz o progresso
Chá com torradas, Joao
Onde é que eu vou, já fui mas já nao sou.
Linda mocidade foi-se o sol embora
Fica-me a saudade.
No Chiado à tardinha, às vezes,
Sorridentes vao de mao na mao,
Bons rapazes sao bons portugueses
Ai madame, a sua indigestao.
______***______
Atualizado Radicalmente a Cada 5 Minutos...
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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Lingua Portugeza - Mãtra da Pobreza
O colonialismo cultural é mais nefasto que aquele de antigamente, da escravidão e o saque das riquezas do país vítima.
Está incomodando um assunto muito inexpressivo, anacrônico e impertinente: a reforma da língua portuguesa. Vi com orgulho e satisfação o modo indiferente, o desdém do presidente do Brasil ao rubricar no pergaminho um tal tratado, que há décadas está sendo engendrado por ratos de biblioteca, parasitos gerados em épocas remotas. O gesto do Lula me lembrou um espetáculo hilariante. Um canastrão presidente dos “estados unidos”, sendo recebido em Brasília pelo impostor Sarnei, recebe deste, com exagerada pompa, como “regalo oficial”, um livro de sua própria autoria. Rapidamente o ex-cowboy enrola-o como um canudo e o atira com gesto de repugnância para um serviçal. Pra completar, chama o portador de um bigodão de palhaço de presidente da Bolívia, coisa que marcou época.
Vivi em Portugal tempo suficiente para confirmar que nunca falamos português, falamos brasileiro. Lá eles administram uma língua culta, intocada. Suas crianças desde o primário aprendem por um calhamaço de mais de setecentas paginas do medieval Camões, coisa que além de padrão ortográfico é marco da historia das navegações, canto épico de um império tão grande que acorrenta e ancora a mente dessa gente no longínquo tempo de antigas riquezas das navegações nas caravelas. Eles só podem retroceder, pois as palavras da língua são as peças mais preciosas do tesouro da pátria Portugal. Qualquer adição ou retoque é uma profanação, dá pra revisar os livros do Camilo Castelo Branco?
São escritores e poetas soberbos, a música é poderosa, emociona, e mesmo se conversarmos com um camponês velho analfabeto dos confins do Alentejo ou do irreal e fantástico Trás os Montes, ficamos fascinados com a preciosa elaboração das frases, conjugação dos verbos impecável, a sabia coerência e clara exposição das idéias, só nos confundimos um pouco com o som das letras. São senhores de uma língua linda e riquíssima. Esse tesouro português infelizmente esta sendo contaminado pela reles e nociva televisão brasileira, e pela emigração excessiva. Isso é muito grave: tentando se atualizar correm o risco de assimilar vulgaridades de paises em formação, sem passado. Os jovens lusos jamais vão encontrar no vernáculo portugues, elementos pra compor hip-hop, os daqui todo dia fabricam um vernaculo.
Portugual, mantenha sua língua castiça preservada, defenda com todas as armas sua maior herança! Vocês são um só povo, milenar, não se iludam, pois o sistema imperial não vai ressuscitar, leiam seus bardos e deixem esse independente e multirracial Brasil, que não tem nem afinidade nem tempo pro Camões, seguir seu caminho.
Com a proclamação da independência, o Brasil rompe os vínculos de influência do reino de Portugal, a colônia passa a ser uma grande pátria, que hoje tem como seu representante o presidente Lula. Vejo pessoas chocadas com a linguagem do Lula, eu sempre achei o máximo, acho semelhante à linguagem do saboroso Adoniran Barbosa, esses caras não são uns bundão, meninos obedientes, (oprimidos por regras impostas pelos pais e professores, como eu e muitos da minha geração, e que procuram mantê-las até hoje). Falando com total liberdade a realista língua do povo, estes homens tornaram-se unanimidades, dá pra criticar o Samba do Arnesto? quem se atreveria a corrigir o Trem das Onze?, duvida da popularidade do presidente?
Durante uma campanha eleitoral entre Lula e prof. Cardoso, vi o martírio do confrangido catedrático, mal estribado num lazarento pangaré, amparado por um velho lavrador e cercado de milhares de matutos, nalgum fim-do-mundo dos sertões do nordeste, num discurso de lábios flácidos usando a palavra “Utopia” como exemplo de coisa intangível, (provavelmente interpretaram como “o pio da urutu” – isso dá forró!). Raras pessoas conhecem o nome de quem escreveu esse livro, Utopia. Egotista, intransigente, desprovido de empatia, com o fraseado exótico conseguiu exatamente o oposto da intenção – repeliu ao procurar seduzir os possíveis eleitores de um incalculável grupo social com identidade cultural definida, espalhado por todo o país.
Ao mesmo tempo o Lula , entre cultos e analfabetos (expressiva porcentagem dos nossos patrícios), num fenômeno de comunicação, fazia as frenéticas torcidas do “Curíntia e a do Parmera” delirarem, bradando em BRASILEIRO “nóis tá cum fomi, nóis qué cumida” (catso, o computador não quer deixar eu escrever isso).
A língua no Brasil é telúrica, cambiando conforme a grandiosa geografia, criativa e dinâmica. O que um jovem fala e habilmente digita hoje é incompreensível pra pessoas de minha idade, mas será uma impertinente mostra de impotência qualquer inútil tentativa de corrigi-los.
O código de neologismos brota e se dissemina muito rápido via internet, é “incorporado ou deletado’’ com igual velocidade, dentro do critério dos jovens participantes. Seus recém criados substantivos, verbos e adjetivos tornam-se imediatamente obsoletos nas ondas das constantes atualizações, nunca mais vão ser considerados, não há nostalgia nem espaço pra inutilidades.
Nosso jovem país está numa situação magnífica, contribuiu muito o estilo descomplicado e autentico do Lula. Só falta assumirmos a nossa identidade e importância perante o mundo, e elevar a auto-estima. Vamos bater na madeira três vezes, dar três tapas na boca, fazer gargarejo com sal grosso, cuspir e adotar uma inteligente Ortografia Brasileira Independente com urgência – parabéns para o criador dessa obra sintética e perfeita.
A educação é a única carência desse país mágico, generoso, abundante, essa ortografia brasileira simplificaria sensivelmente o aprendizado da língua, fundamento da comunicação, as crianças teriam muito mais tempo pra aprender outras matérias.
O uso dessa ortografia agilizaria imensamente a vida dos brasileiros, dando absoluta confiança de estar escrevendo correto, sem precisar estudar muito. A diferença deve ser a de uma calculadora para uma conta de tabuada no caderno, o tempo que seria economizado em todo o tipo de transação que utiliza texto, principalmente na internet, seria um presente. Pra justificar a classificação de preguiçosos, teríamos muito mais horas ociosas.
Acho que os filólogos, zumbis acadêmicos, deveriam continuar sua carreira em companhia dos gênios das finanças e C.E.O.´s – que de um dia pro outro foram capados em trilhões de moedas fortes – e dos brilhantes jogadores de cricket (oba!! agora nos é permitido usar as letras, k, y e w – nossos mentores de Portugal , Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor e também os acadêmicos do Rio de Janeiro descriminalizaram tal estrangeirice).
Chamo essas línguas ibéricas de “mantras da pobreza”, porque os infelizes países que se servem delas estão sempre um pior que o outro. Em contraposição vejamos o exemplo de Macau: até recentemente era colônia portuguesa, mesquinho, tipo uma cidadinha de Minas Gerais. Três anos após a retirada dos intrusos de cinco longos séculos e o banimento da língua, Macau superou Las Vegas em faturamento.
A língua portuguesa seria opcional, para quem se interessasse por sua importância na historia, sua cultura e vastíssimo acervo literário. Dessa forma a língua materna receberia o devido respeito de seus reais admiradores, zeladores da tradição, não é língua pra ser conspurcada pelo iconoclasta computador, os adeptos deveriam receber pra prática da escrita um kit made in China, sai baratinho: uma resma de papel almaço sem pauta (nada desse sulfite), uma mancheia de penas do rabo do pato branco, um estilete pra fazer a ponta, um tinteiro com mata borrão e um pince-nez, réplica dos usados pelo clássico Eça de Queirós (visitei sua quinta nas serras do Minho e vi esses lindos objetos na escrivaninha). Também existia um estojinho redondo com uma esponja do mar molhada onde se punha o dedo para umedecer e aderir na folha quando fosse virar a página (isso dá pra fazer com cuspe), e não poderia faltar um cálice do generoso Porto, pra fazer a conexão com as Musas.
O estudante de português deveria estagiar no encantador Portugal, coisa que hoje em dia parece estar meio difícil – e com razão, pois o país é pequenino e está sendo invadido por emigrantes pobres de suas ex colônias, somados aos outrora decantados heróis do comunismo, hoje fracassados fantasmas de rigorosa formação militar.
Os brasileiros jovens deveriam procurar essa ortografia brasileira rapidamente, praticar e por em uso sem pedir permissão a nada – por favor, dêem algum minutinho de seu tempo vago pra procurar esse inspirado código, que tem o poder de mudar radicalmente nosso modo de vida (todo ele não ocupa uma página), e passem a divulgá-lo.
Viva Adoniran Barbosa!
Viva Ronald Golias!
Viva o Lula!
e Viva o Brasil e a Língua Brasileira!
Abaixo representamos a ORTOGRAFIA BRASILEIRA INDEPENDENTE (<-- clique no link) criada por Ary Portela Lopes:
ORTOGRAFIA BRASILEIRA INDEPENDENTE – Projeto Cone Sul | |
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Tendo em vista facilitar a comunicação escrita e o ensino da língua a nacionais e estrangeiras, estamos propondo a criação de um sistema brasileiro independente, baseado na fonêmica, sem alterar o vocabulário e a fonética dominantes, eliminando dígrafos e letras mudas, sendo estas consideradas estrangeiras ou supérfluas e estudadas na respectiva língua. As letras terão nomenclaturas de acordo com os sons que representam e acentuação como em português para manter pronuncia padrão e a ordem alfabética latina a seguir: |
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A – Terá som nasal somente com til. Ex.: mãe, pão, bãda, rãpa, sãta, banãna...; B – Sem alteração (só damos exemplos em brasileiro). C – Estrangeira, chamar-se-á “si”, substituída por K em: kako, kuka, makako e por “s” em: serto, sebola, sinko, siênsia, kãser... asão, mãsão, prasa; D – sem alteração; E – Fechada, mas a vogal “é”, será sempre com acento,verificou-se menos insidênsia.; F – chamar-se-á “fe”, esse é o seu som; (Todas as nomenclaturas são monossílabas); G – chamar-se-á “gue”, dispensa u em “gue” e “gui”. Ex.: gelra, gitarra, ágia; H – Estrangeira, chamar-se-á “agui”, supérflua em um sistema independente de etimologia. Ex. sem “h”: oje, ora, omem, aver, onesto, istória; I – sem alteração; J - chamar-se-á “já”, substitui g em todos os casos deste som. Ex.: jelo, jeral, jeneral, Jetúlio, Jorje, jiz; K - chamar-se-á “que”, reincluida para substituir “c”, “q” e “x”, com som de “ks” (base no grego e no esperanto). È universal e inevitável. Ex. kilo...; L - chamar-se-á “lel” para melhor representar os sons “lê”, “el”. Ex.: letra, lata, lua, sal, sul, mil..., com crase representa a fusão de dois, como em espanhol “lhe”. Ex. fi’lo, bri’lo, traba’lo...; M - chamar-se-á “me” e só será usada em ma, me, mi, mo e mu. Substituída por til em todos os casos de “am” e por “n” na nazalização das demais vogais. Ex. vem, tem, tãben. N - chamar-se-á “nen” para melhor representar os sons: na, ne, ni, no e em, in, on e un. Com til “ñ” como em espanhol, nhe. Ex. temoz, viño, veña; O – ‘’ô” só será aberto com acento agudo. Ex.: Antonio e António, mokotó, koko, a fruta será kouko, vovo, novo; P – sem alteração. Q – Chamar-se-á “qui”, substituída por “k”. Ex. kente, keijo, kina; R - chamar-se-á “rer” para representar os sons de “er” e “re”. Com acento grave representará a fusão “rr”. Para facilitar ao estrangeiro a pronuncia forte. Ex. ‘roda, ca’ro, te’ra, ‘requerer, ‘raro...; S - chamar-se-á “se”, com som de “ç”, substituída por “z” em todos os casos de plurais e sibilante fraco. Ex. kazaz. Mezaz, nosa, masaz, paz; T – U – V – sem alteração. W – Estrangeira, chamar-se-á “vi; X - chamar-se-á “che” é só será usada no lugar do dígrafo “ch”. Será substituída por “s”, “z” e “ks” em todos os casos destes sons. Ex. ezame, ezato, eséto, xave, fikso, sékso, ezérsito...; Y – estrangeira, chamar-se-á “ipsi”, terminada em “i” como as demais; Z - chamar-se-á “zez” para representar os sons de “ze” e “ez”, substitui “s” e “x” em todos os sibilantes fracos. Ex. ézito, kazoz, Brazil...; | |
Acentuação e pontuação – deixar-se-á de usar trema; usaremos “?” no início e no fim da pergunta, para facilitar a entonação. Como em espanhol; Manter-se-á a acentuação diferencial, as das proparoxítonas, salvo insidência e das terminadas em ditongo oral crescente como em português. |
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Dê sua opinião, mezmo kontrária, pense noz mi`lãos de brazileiroz analfabétoz e noz ke jamaiz pasarão da kinta série okupãdo o tenpo noz labirintoz elitiztaz da Língua portugeza, em vez de coñesimentoz jeraiz para me`lorar a soberania da pátria e o ben eztar sosial da grãde maioria.` |
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Maxado de Asiz, em 1902, Jeneral Bertoldo Klinjer, Padre Evaldo Ekler, prof Emiliano Linberger, Com. Unig Ávila, Filólogo Gentil de Agiar e outroz tentarã reformar, maz forã inpedidoz peloz donoz da língua, rezolvemoz dar maiz ezte grito de independênsia. |
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O site do Prof. Ary voltou ao ar recentemente, visite!.