sábado, 29 de agosto de 2009

E ai! MinC ou Min'Cow...?

Minhas saudações ao Ministério da Cultura da República Federativa do Brasil

Todos teríamos verdadeira satisfação se houvesse motivos pra elogiar, por alguma obra que enaltece o artista, os personagens “célebres” que movimentam nossos amplos e convincentes meios de comunicação. Como o deslumbramento cega a razão e a elegância, o que deveria parecer personal, ser o charmoso ego do artista excêntrico, se transforma em ostentação da pequenez, safadeza enfeitada com uma tremenda breguice, por isso me sinto no dever de criticar tais falcatruas.

Ao notar o avanço da minha idade, e por iniciar um trabalho para a formação de jovens patrícios na arte da escultura, me livrei de meus vícios, hábitos fatais e repetitivos: fumar, beber, ver TV, jogar poker. Ninguém pode dizer qual o pior, mas creio que é o de ver TV, pois os outros são individuais e só podem atingir, além do usuário, pessoas de seu restrito convívio direto; esse da TV aliena mentalmente nações inteiras.

Prevendo um conteúdo fajuto, pedi para lerem e contarem-me o que havia no texto do email que recebi do nosso Ministério da Cultura, sobre a recusa em aceitar apoio cultural da lei Rouanet pelo “astro”, “artista” ou sei lá o titulo do Sr. Fagundes, cuja motivação evidentemente não foi ética, mas foi a calculada vantagem financeira na contabilidade de sua “grife”.

Aqui no Brasil, as ações em conjunto dessas grifes “atores de novela”, são o principal mecanismo que compõe e carrega de magnetismo as redes de TV. Uma invenção magnífica, de um poder messiânico, total, jamais experimentado por nenhum grande império, nem religião. Capaz de imobilizar o paciente durante horas, sugestionar profundamente e movimentar a totalidade da sociedade humana atual em qualquer direção, como títeres .

Exs: o velório e enterro do Papa, ou os últimos mundiais de futebol. Como referência maior de universalidade da TV, eu, em Portugal, junto à população do mundo, registrei assombrado o seguinte: por ocasião de um campeonato mundial de futebol, durante visita à China, o presidente dos EUA, em entrevista assistida no mundo todo, ao lado do presidente da China, fez elogios e desejou sucesso pra seleção do Brasil. Porém, nem ele nem o chinês conheciam esse nosso futebol.

A televisão é uma das maravilhas da invenção humana, esse aparelho fabuloso, foi habilmente pilhado, sem considerações éticas, morais, ou previsão de futuro pelos imediatistas colonizadores culturais. O objeto TV é a potente arma de dominio, em tom de entretendimento e diversão substituiu com igual poder, os objetos ritualisticos dos antigos catequistas. Caixa eletrônica de plástico - as tipo painel de parede LCD, japonesas, são de uma qualidade de imagem indescritível, variedade de cores infinita, o som reverberante do home theater - introduz nas salas comuns a mesma potente emoção que irradia dos órgãos das catedrais. Onipresente em todas as casas, poderosa ditadora, é a rede teratológica, a armadilha onde se captura o cidadão no berço, desde o inicio de sua vida, esteriliza o censo critico, deforma a cultura, a estrutura moral social que nos pautaram, até antes dessa dominação.

Classifica e fornece programas por grupos padronizados, de acordo com a capacidade de consumo. Classe A, B, C, D, E, o resto está abaixo da linha de consumo, mas não fora do seu ângulo de ação, manhosamente, onde estiverem, por todos os meios tentarão seduzi-los até subtrair sua liberdade, agrilhoando-os a um cartão de credito.

O serviço dos ditos artistas” é o mesmo que faziam os medievais jesuitas e os famigerados feitores e capitães de mato, no tempo da porca colônia portuguesa: conquistar, aculturar, subjugar o dono da terra, obrigá-los juntos com outros escravos a produzir incalculaveis somas, para pagar os injustos tributos a um senhor, que nem fazia idéia de onde era a tal colônia.

Ao serem contratados e receberem o rotulo de “ator”, são rigorosamente adestrados pra assumir uma postura majestosa, insolente, relativa à dos parasitários fidalgos ou a dos príncipes da igreja, pairando muito acima da plebe, devendo exibir ostensivamente, com muita pompa e soberbia, o prefixo celebridade”.

O recurso infalível que aplicam, pra ganhar ares de superioridade perante o publico, inferiorizar seus fieis seguidores e atingirem o grau de importância dos antigos nobres ou dos eternos cardeais, é a menção subliminar de salários astronômicos e a acintosa exibição de caras bugigangas, culminando em ser boiadeiro - ser fazendeiro é um tremendo status.

A gana com que as vulgares “celebridades” atacam o óbolo do Ministério da Cultura se compara a dos políticos venais, abjetas pragas, que em grande número reduzem sem o menor remorso o nosso BRASIL, PARAISO TROPICAL NA TERRA, a um terceiro-mundista DEPOSITO de LIXO, por quê?...

Os componentes ou cast da TV são de multiplicidade limitada, maniqueísticos, pra nivelar, vão de sanguinários desenhos animados, para a faixa Junior, até apocalípticas personalidades políticas, dementes, genocidas, para a faixa Sênior. Sem complacência jorra a constante fonte de insegurança, nos comentários financeiro e climático pra classe A, B, ou o cruel bandidão, o bem sucedido traficante, pras classes C, D, E. Os ricos atores boiadeiros, célebres interpretes dos espetáculos diários da TV, muito bem produzidos, cíclicos, monótonos, previsíveis, têm de competir com o poder imanente dos parceiros de mídia, (farinhas do mesmo saco), personalidades emblemáticas globais, por exemplo: Papai Noel, (do bem), Bin Ladem (do mal), Piu-Piu (do bem) Frajola (do mal) Coelho da Páscoa (do bem), Hugo Chaves (do mal). Tudo concentrado nos clássicos Simpsons, retrato realista, a síntese da essência dessa era de consumo, controlada pela TV. Retratam a moral de sua época com crueza relativa à da Divina Comedia do Dante, do Germinal de Zola ou o David Coperfield do Dickens...

Aí, os atores de novela, numa atitude que os descole desses colegas, mitos virtuais, produzem os espetáculos da materialização do irreal, do impalpável, se transfiguram, passam de imagens atemporais de luz colorida e sons sintéticos na caixa, transmigram pra nossa sólida, densa, opressiva, terceira dimensão, olfativa, e com acústica ambiente. Materializam-se em carne e osso nos palcos de teatros, dentro do espaço tempo reais, (geralmente pagando direitos autorais pra autores estrangeiros, uma das taxas impostas pelo colonialismo cultural), com apoio do Ministério da Cultura, e a contribuição apaixonada dos fans, que pra marcar presença, desafiam bravamente o perigo das ruas à noite, honrados, reverentes adquirem o caro ingresso na bilheteria.

Através da TV, aplicando tecnologia avançada e recursos sem limite, exercem total domínio sobre o enredado publico: cenário, textos banais, plástica e atitudes lascivas, fascinantes subjugam o juízo e os sentimentos dos “telespectadores”, (o efeito é conferido diariamente, com precisão, por institutos de pesquisa), dezenas de milhões são estrategicamente mantidos oscilando, como pêndulos. Dominam a mente o humor e manipulam as marionetes numa infalível coreografia, um dia são exaltados, outro dia execrados, mas sempre idolatrados. São os guias, orientadores, impõem tendências, conforme o caráter do personagem a que dão vida em intermináveis lengalengas.

Comparo esses pregoeiros de quinquilharias, donos de semblantes cotidianamente “célebres” que ilustram embalagens de tudo que é porcaria, ao ícone representativo, engraçadinho porém amoral,

o PAC-MAN, insaciável devorador. O sentimento que fazem desabrochar do público se resume a isso: um sorrisão de orelha a orelha, carinha de felicidade ao adquirir o que o “astro” intermitentemente recomenda, ou a expressão de triste frustração, quando o produto é caro, inatingível pro bolso mixo.

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Somos convidados e participantes de um momento histórico, de drástica transmutação cultural, no qual um dos padrões da exteriorização do que vai na alma, na mente, a emoção, as relações, a expressão da sensibilidade humana, estão resumida aos ícones amarelinhos, sintéticos, sem mistério, sem nuances, os emoticons.

No google, tem um monte dessas custosas artes bovinas”:

Criador da Boi Gordo, que lesou mais de 30 mil, se livra da prisão

São Paulo, 13 - O empresário Paulo Roberto de Andrade, dono da Boi Gordo, uma firma de investimento em gado que lesou mais de 30 mil pessoas, não corre mais risco de ser punido criminalmente. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a ação penal contra ele e reconheceu a prescrição do processo. A Boi Gordo quebrou em 2004, deixando uma dívida de R$ 2,5 bilhões na praça. Andrade, até então celebrado como um empresário moderno e inovador, passou a ser tratado como um golpista. Denunciado à Justiça por prática de crimes falimentares, agora está livre das acusações.

“É a pizza. Fazer o quê?”, afirma o promotor de Justiça Eronides Aparecido Rodrigues dos Santos, da Vara de Falências de São Paulo. “Lamento a anulação de um caso emblemático como esse. Houve um golpe, milhares de pessoas foram lesadas e não haverá responsabilização penal”. Procurado por meio da assessoria de imprensa, o ministro Nilson Naves, responsável pela decisão do STJ, estava ocupado e não tinha tempo para atender. Sua decisão ainda não foi publicada no diário oficial.

O investimento na Boi Gordo foi uma febre do final dos anos 90 até quebrar, em 2004. A maior parte de sua clientela era formada por poupadores de classe média, mas entre suas vítimas há uma lista enorme de pessoas conhecidas. Entre elas o técnico de futebol Luiz Felipe Scolari; os ex-jogadores Evair e César Sampaio; a atriz Marisa Orth; o designer Hans Donner, da Rede Globo; o economista Rogério Buratti, ex-assessor do deputado Antônio Palocci (PT) em Ribeirão Preto; e Paulo Okamoto, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Fazendas Reunidas Boi Gordo popularizou no País as chamadas empresas de parcerias. O investidor aplicava em animais (bois, frangos, porcos) da empresa parceira, como a Boi Gordo e, no fim do contrato, recebia o lucro da venda do animal engordado. A Boi Gordo prometia rendimento de 42% depois de 18 meses. Eram ganhos que batiam de longe qualquer outro investimento da época.

Mais tarde descobriu-se que a empresa funcionava como uma pirâmide, pagando os contratos vencidos com o dinheiro da entrada de novos investidores. Quando os saques superaram os investimentos, a pirâmide desmoronou.


A Boi Gordo ficou conhecida no País inteiro por meio dos anúncios publicitários estrelados pelo ator Antonio Fagundes nos intervalos da novela o Rei do Gado, da Globo. Ela abriu caminho para outras empresas parecidas, como a Gallus Agropecuária, pertencente a um estelionatário chamado Gelson Camargo dos Santos. A Gallus também quebrou, deixando 3 mil pessoas no prejuízo.

PECUÁRIA
Globais no gado

O ator Tarcísio Meira confirmou sua presença no primeiro leilão da Agropecuária Copacabana, que será realizado no Rio de Janeiro, no dia 15, para venda de embriões das raças gir e nelore. Um dos donos da Copacabana é outro ator global: Murilo Benício.

Categoria: Cinema e TV

Ana Maria e Regina Duarte recebem prêmio por criação de gado
A apresentadora Ana Maria Braga e a atriz Regina Duarte receberam uma homenagem nesta quarta feira, no Rio de Janeiro, pela criação de gados da raça Brahman que elas mantêm em São Paulo.

18/03/2008 - 17h14 da Agência Senado


Regina Duarte vai ao Senado pedir a criação da "Lei do Teatro"

!--[Atores, diretores e outros profissionais da área de artes cênicas compareceram hoje a uma audiência pública no Senado, em Brasília. No evento, promovido pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte e pela Subcomissão Permanente de Cinema, Teatro, Música e Comunicação Social, a atriz Regina Duarte discursou em nome da categoria. Ela reivindicou a criação de uma lei de estímulo ao setor, assim como a do Audiovisual ou a Rouanet.

Graças ao meu marido,

retornei à vivência rural que me faz tão bem


REGINA DUARTE, QUE DIZ QUE EDUARDO LIPPINCOTT A ESTIMULOU A INVESTIR EM GADO.

“O Eduardo me contagiou. Quando eu o conheci, ele já criava, e desde então comecei a me interessar por esse mundo fascinante”, disse a atriz à DINHEIRO RURAL.

Gosto muito de ver nascer, acompanhar os cruzamentos e depois colher os resultados. Regina só não se dedica integralmente à fazenda em razão dos compromissos profissionais, como as novelas e as campanhas publicitárias. Mas sua presença na pecuária tem dado ótimos resultados para o criatório MAK Brahman. Isso porque, com seu carisma, Regina tem atraído novas personalidades para a raça, como a apresentadora Ana Maria Braga. Lippincot, naturalmente, aplaude. “Nosso negócio também é uma arte, pois buscamos o animal perfeito”, diz ele. A grande característica do brahman é a precocidade no abate, com melhor acabamento, ou seja, um maior índice de carnes nobres. Isso faz com que, mesmo indo mais cedo para os frigoríficos, os animais gerem um rendimento financeiro maior para o criador.

Jornal Opção On-Line

Inflação ou lavagem de dinheiro. Comércio de gado de elite movimenta milhões ... As negociações milionárias que acontecem em leilões de gado de elite pelo ...

Prestigiados por artistas, políticos e empresários, ... No ano passado, os leilões de gado de elite movimentaram mais de 500 milhões de ... "Já identificamos a venda de gado como uma modalidade de lavagem de dinheiro,

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...PECUÁRIA

Inflação ou lavagem de dinheiro

Comércio de gado de elite movimenta milhões de reais e desperta atenção da Receita Federal para possível legalização de recursos não declarados

“O ministério quer punir quem faz teatro de qualidade”

O ator Claudio Fontana acha natural que a cultura reproduza as distorções regionais do País. Para ele, não cabe à cultura resolver a desigualdade social e econômica:

“A reforma da Lei não pode punir os produtores e artistas que fazem teatro de qualidade só porque moram no Rio ou em São Paulo.

O que governo quer? Tirar os 100% de abatimento da gente e transferir para o Piauí? Além disso, é um mistério como será julgado quem merece ter abatimento de 100% ou 60%. Não é papel do ministério da Cultura resolver a desigualdade social brasileira”.

MAMA MIA, O PATIFE QUER APARTAID, É SEGREGACIONISTA.

Olha o vadio plagiando a “Marie Antoinette”, por ele, comam “ brioches” patrícios do Piauí

TENHA A SANTA PACIÊNCIA!!! Será que contaram pra ele até o final a história da revolução francesa? HAHAHAA

De que casulo saiu esse sacana, esse “mariposo”, que será que ele comia quando era taturana???

Pateta, a palavra cultura tem varias aplicações, indo de cultura de bactérias, ao acervo de sabedoria e arte dos povos. Tratando-se de apicultura, da cultura agropecuária, ou de civilização humana, cultura representa a observação, criação, melhoramento, desenvolvimento progressivo. Na comunidade humana, a partir da convivência telúric, com a geografia e o clima, a cultura é o acervo do conhecimento, da obra dos criadores, a difusão, o incentivo da sabedoria, das artes, das técnicas, da estética. O artista (bem claro, o artista), é o dínamo, sempre um precursor, propõe, desenvolve, impulsiona, compõe, retrata ,interpreta, atualiza, sugestiona, critica, melhora, doa.

A única cultura do Brasil é a Tupi Guarani, a estripulia recente, insustentável, que estamos cometendo, coletividade suicida armando o trágico fim. Tudo isso é a conseqüência da invasão precipitada, desordenada, feita por flagelados famélicos, broncos, provenientes da Europa e Ásia, substitutos dos escravizados africanos. Felizmente eles, africanos, em retribuição por todo o mal, altruisticamente nos doaram o que temos de arte, o jogo de cintura físico e mental, a irreverência, o bom humor e a simpatia que grande parte dos brasileiros pratica.

Tu, ó “mariposo”, não necessitas ser um erudito pesquisador arqueológico, pois no google, podes obter informações, pra saberes que alguns dos mais antigos registros da presença, consequentemente, da cultura humana no continente estão no sertão do nordeste, destacando-se as ocorrências dos sítios arqueológicos, as maiores e mais antigas, de cerca de 12.000 anos na Serra da Capivara, justamente no Piauí. Enquanto não destruírem está lá, apesar da indiferença com que são tratadas coisas importantes, por brasileiros dominados e desorientados desde a infância pelas redes de TV, coisas tão importantes como as preciosas pinturas rupestres de dezenas de milhares de anos, a cultura irretocável dos Tupi Guarani, o primeiro vôo do homem registrado oficialmente, o de Santos Dumont, ou a música do Hermeto.

Seu mesquinho, asqueroso, cara dura, na sua falta de senso de proporção, se impõe através de bronca ao Ministério da Cultura, exigindo que despreze os estados do nordeste, tão ricos em cultura. Quer canalizar o dinheiro dos nossos impostos exclusivamente pra sua conta bancária né? Usando como isca pra picaretagem o tal teatro de qualidade, segundo seu mui criterioso julgamento?

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UFFFA! AINDA EXISTEM PESSOAS COM VERGONHA NO BRASIL!

Contestando esses lixos abonadinhos, encontrei essa opinião de artista puro, de quem não vende e recebe comissão de sabonete, guloseimas ou títulos de fajutas pirâmides de bois, através da caixa de plástico japonesa. Aí esta a opinião honesta do ator que se entrega ao público, olhando nos olhos, falando nos ouvidos, sendo aplaudido por mérito da interpretação, não por idolatria insensata, correndo todos os riscos, inclusive o de ser vaiado.

“Acomodado à subvenção, o teatro esqueceu o público”.... Eduardo Tolentino de Araújo, diretor do Grupo Tapa, um dos mais longevos e respeitados do País, acha que a insistência nas leis de incentivo faz mal à cultura brasileira:

“Não sei muito bem o que é o projeto, e não estou muito interessado. Estou preocupado em como sobreviver independentemente das ações do governo. Se não fosse o dinheiro dos prêmios públicos, o Tapa também não teria sobrevivido. Mas não gosto dessa relação de eterna dependência.

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A endinheirada breguice que recheia as inúmeras mídias não tem aparência de hobby, ou esquisitice de artista né? Boi não é pet...

Esse é um clássico exemplo de esperteza nociva, praticada pelos intangíveis “astros”, que nunca haviam sentido o cheiro, ou pisado uma bosta de vaca, pois na juventude só peregrinaram a noite, entre o coco de cachorro, e vômito de bêbedos nas calçadas da suja metrópole.

Eleitos por agências de propaganda, eficientes capatazes dessa colonização cultural, mais maligna do que a do tempo dos escravos, pessoinhas garimpadas há bastante tempo nas sarjetas urbanas, cujo único contato com o gado bovino se restringia ao naco oferecido por Ziembinsk, Sergio Cardoso, Valmor Chagas... e outros senhores, antigos atores de teatro, carentes de companhia jovem. Abocanhavam a fração de boi da Churrascaria Eduardo’s, em aflito ritual de sobrevivência, pois poderia demorar longo tempo o convite para o próximo ágape vital. Eu, jovem escultor boêmio, freqüentador da rua Nestor Pestana, sede da extinta TV EXCELSIOR e adjacências, matriz dessa espécie “artista de televisão”, observei o nascimento dessa rede expansiva da anticultura, que se perpetua de forma hereditária, e muito bem controlada.

Então? Em parte nosso Ministério da Cultura esta fazendo indiretamente o serviço do Ministério da Agricultura. No sistema capitalista, arena de disputas infinitas, vence o que acumula mais pontos, representados por grana. O participante do jogo pode comprar o que puder com seu lucro, com as comissões pelo que produz e vende. Covardemente, esses intrujões são os agraciados perenes, efetivados, de empresas, de preferência estatais, (já tem cartas marcadas, só sai quadra de ases). Essas bancam, sem vacilar, seus espetáculos teatrais e filmes industrializados, através de renúncia fiscal. Patrocínio do estado, para poucos selecionados pela desfaçatez. “Astros” do espaço sideral, saltimbancos eletrônicos, patrocinados compulsoriamente, taxando todos, não se expõem a riscos com investimentos na produção; ao contrário, previamente retiram sua parte. Displicentes, nem precisam ter qualquer preocupação com o conteúdo, invariavelmente apoiados pela exposição nas novelas, terão garantido o lucro de bilheteria, cornucópias despejando grana, que entre outros disparates, descaradamente, com muita cafonice, completa falta de vergonha, vai ser investida em agropecuária ou bovino-cultura se preferir.

Insensatos, exibindo a cobiça a ganância insatisfazível de PAC-MAN, os tapados anti-sociais confirmam a sua formidável estupidez. Pra manter a notoriedade crescente, constantemente fazem publicar sua ascensão “burgo-rural”, endossada por suas formidáveis aquisições bovinas, na imprensa reles, divulgadora da vida íntima desses embusteiros. Parvos, no ato do megalomaníaco remate de lotes: colossais touros, nédias matrizes reprodutoras, embriões e promissores vidros de sêmem, na caradura estampam pra foto o sorriso alvar, ao serem docilmente embrulhados, sem vaselina, por sagazes pecuaristas, tradicionalmente fornecedores dos magarefes, hoje realizados, a elite dos mercadores, enquanto embrulham no mínimo estão reprimindo a gargalhada, que não vêem a hora de deixar explodir, num lugar reservado.

É justo que os cantores sertanejos se tornem boiadeiros, pois geralmente são vencedores de barreiras intransponíveis, provenientes e intérpretes (salvo poucas exceções) da alma de desproporcional maioria da população brasileira, o homem do interior. Ao ser consagrado pelo publico satisfeito, sem dar ouvido as críticas feitas por colonizados culturais, é louvável que apliquem com muita honra e juízo o fruto de sua arte, no que há de melhor em seu atávico mundo rural, no qual engatinharam acompanhados por seus ancestrais, e aprenderam como indeléveis primeiras lições de práticas da vida.

O minimamente razoável não seria os “artistas de televisão”, que por obra do acaso triunfaram materialmente no dito meio artístico, formassem, com recursos próprios, um banco, um fundo, para investir, produzir, divulgar e obter lucro real com a obra de jovens artistas talentosos? Sem a menor dúvida o retorno seria bem mais pertinente e digno, mas a tal dignidade já virou arqueologia retórica. E o pavor de serem desmascarados por verdadeiros artistas, tá louco?

Ao invés disso, através de simplórias artimanhas, saqueiam sem dó parte do que pagamos em impostos para o jovem país, que carece de muitas coisas básicas, vitais, e bem pimpões, os pusilânimes PAC-MAN sem causa nem objetivo, vão gastar, acintosamente, na ditirâmbica farra de bode dos leilões sem limites, comprando rebanhos de bois pagando acima de milhão a cabeça?

Eu vejo um homólogo pra esses ex-peregrinos das arruinadas sarjetas urbanas: o sedutor Flautista de Hamelin. O da literatura, ao não receber pagamento por exterminar os ratos, conduziu para a morte os jovens seguidores, fascinados pela flauta hipnótica, a um precipício na borda do mar. Os nossos mal acabados stars mercenários” estão sendo muito bem pagos pra conduzir o seu público, catatônico, para viver no maior depósito de lixo do planeta, quando jogam poeira nos olhos e divulgam marcas de infinitas quinquilharias, seguindo deslumbrados o exemplo de falsa conquista de riqueza de países que, há recente tempo histórico, estavam perecendo de fome – alguns, por falta de alimento, eram obrigados a carregar nas costas os amados velhos, avós e pais, para morrerem nas montanhas. Outros, hoje arrogantes, bem vestidos, nutridos, de bucho forrado, arrotando riquezas, há pouco tempo foram obrigados a despejar hordas de seus habitantes famélicos de navios fedorentos, invasores desse novo mundo, o esplêndido PARAÍSO BRASIL. Em retribuição, arremataram a obra de extermínio dos verdadeiros donos da terra e sua sabia cultura, iniciada séculos antes pelos invasores ibéricos. Sinceramente, muito me envergonha fazer parte dessas daninhas origens.

As épocas históricas sempre deixaram seus simbólicos ícones: Pirâmides, Partenom, Coliseu,

o Complexo do Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém, Arco do Triunfo, o Quatorze Bis, os Fordinhos 29, a suástica, a foice e martelo, a Queda do Muro de Berlim. Os últimos pra mim são dois: o atleta inchado, entupido de grana fazendo lipoaspiração, depois de quebrar alguns dedos num tombo no fofo gramado, símbolo denunciador da falta de vergonha, apática inércia e omissão de todos. Vale tudo, esperteza, nenhum esforço, tudo pelo dinheiro, daí vicia, vira tudo PAC-MAN, sempre mais e mais dinheiro... O segundo símbolo é o retorno humilhante daquele infame “britânico navio de lixo”. Esse felizmente foi apanhado no ato de despejar lixo no PARAÍSO onde habitam os omissos brasileiros. Sabe-se lá quantos anteriormente consumaram o ato, os próximos sem duvida vão ficar mais espertos. A propósito, esse nefasto navio deveria ter carregado em seu bojo, o rico, cevado e impotente jogador de bola, ambos nefastos marcos da agonia desta época atual.

Merece receber uma gorgetinha boa da Philip Morris né?

???

Folha Online - Ilustrada - Para encarnar fumante em peça, Antonio ...

2 Ago 2009 ... Para encarnar fumante em peça, Antonio Fagundes diz que vai "peitar" lei ... Secretaria de Justiça se dispõe a debater medida contra fumo...

O carinha, num gesto depravado, com uma bitucada de cigarro, matou dois ratos, ou duas baratas, peitou e humilhou o ESTADO, e seu aparentemente severo governador, provou estar muito acima das leis, e fez larga publicidade da indústria do tabaco.

Pobre diabo, ignorantão, conhecendo a forte influência que tem sobre seu público, valeria mais ter servido de exemplo, se recusado a fumar né?

Antônio Fagundes volta ao teatro sem patrocínio: "não quero ser ...

10 Ago 2009 ... Governo de SP recua e libera fumo em cena de teatro. Elenco comemora pré-estréia de "A Mulher do Meu Amigo" Antônio Fagundes e Marília...

???

Para a sorte de "Restos", na semana passada, o governo paulista reviu as regras e liberou o uso do cigarro no palco. Com o fim do impasse, o ator preferiu não falar sobre o caso: "o assunto está encerrado.”.

Fagundes promete que, quem pagar os R$ 100 reais da entrada, irá encontrar um ator que está sempre disposto a dialogar com o público, seja ele quem for. "Eu tenho que me comunicar com a platéia, antes de ser arte ou cultura, é comunicação. Eu quero me dirigir ao maior número possível de pessoas. Quero atingir o seu José e a dona Maria, que sentaram aqui só porque estava chovendo lá fora", afirma.

Marco Histórico do Fim

Terça-feira, 4 de Agosto de 2009




Lixo inglês: de volta pra casa




Nesse ultimo mês de julho todo o mundo ficou indignado com o lixo inglês, mais de 1400 toneladas, que foi enviado ao Brasil. Até a semana passada nada tinha sido feito, apenas a prisão de 3 supostos responsáveis na Inglaterra, que em pouco tempo foram soltos. Porém na ultima sexta-feira, dia 7 de agosto, esses 90 contêineres foram enviados de volta ao país de origem, cheios de lixo orgânico e hospitalar, que após todo esse tempo já tinham sinais claros de putrificação e crescimento de larvas.

Estamos alucinados, empenhados em arremedar essa gente mentirosa, percorrendo o caminho de um fracasso apocalíptico. Intitulando-se ricos, consomem desatinadamente o que continuam pilhando daqui e da África, e não tem onde depositar seu próprio lixo; saqueiam a matéria prima, consomem e despejam os dejetos, que falta de previsão, isso não presta! Veja como sinal de alerta o filme Gomorra.

Sempre ofuscados por lâmpadas distantes, na noite interminável da indiferença, não damos a real importância a artistas vivos e com obra magnífica, gênios inspirados da estatura do virtuoso Hermeto Paschoal, do Luiz Melodia. Os dinâmicos grafiteiros, jovens artistas diariamente atualizados, que no seu mundo, pintam, cantam e dançam coisas de seu mundo, e vai lá se saber a quantidade de fabulosos gênios criadores anônimos, soterrados pela indiferença.

Devemos com urgência e segurança dar início a uma cultura brasileira, para influenciar e rejuvenescer o futuro da humanidade, com conteúdo emocional humano, igualitário, refletindo alegria, simplicidade e parcimônia, nascida flexível, ágil, da natureza indescritível e das ruas do nosso entorno, brotada do povo miscigenado, e ampliada graças aos novos sistemas de relacionamento universal.

Pra se realizar uma revolução radical e expansão na cultura do Brasil, é só fazer exatamente o oposto da bronca daquele MARIPOSO SEPARATISTA”. O norte e nordeste ainda são as regiões que mantém características brasileiras autênticas, tem cultura, temário, gente criativa e habilidosa de verdade, matéria prima, porém tem falta de recursos financeiros. O Ministério da Cultura, sem vacilar ou ceder a pressões desses finórios, deve investir o máximo da receita nessas regiões. Na parte descaracterizada do país, o sul e parte do sudeste, as pessoas tem dinheiro de sobra pra sustentar sua colcha de retalhos cultural, feita de farrapos da memória dos miseráveis imigrantes da Europa. Um pólo amplo de arte autentica, no nascente destino turístico do Brasil, será atração de público e mercado, dando elemento para agentes do mundo todo. Produtores culturais, artistas e mestres de outras regiões, com conhecimento técnico, que acrescente harmonicamente, devem colaborar formando intercâmbio com os de lá.

Felizmente pras gerações futuras, o maior fenômeno da história da comunicação brasileira está ocorrendo, esbanjando empatia, fazendo sucesso no mundo todo, na função de divulgar nossas características verdadeiras, usando o raciocínio e o dinâmico idioma vernáculo das ruas de São Paulo, ponto de convergência de todos, pouco Camões, bastante Adoniran Barbosa.

Com elevada dose de pé quente, fazendo demonstrações do autentico jogo de cintura, reflexo das qualidades e falhas do povo brasileiro, de sua inteligencia peculiar, sem perversões, literatice, ou aculturação alienígena, assume perante o mundo, com intimidade e naturalidade verbal, uma postura de estadista, um líder do povo brasileiro de todas as classes, incluindo as excluídas. Numa posição digna do Spartaco da Roma Antiga, porém falando de futebol, sem derramamento de sangue, rompe o sistema da “escravidão dissimulada”. Debilmente criticado por antecessores amplamente rejeitados, estafermos acadêmicos. Eu o acho comparável ao Spartaco porque simplesmente deu comida aos que não tinham o que comer. Milhões de pessoas, a partir dessa comida, vão adquirir energia, raciocinar, se sentir livres das fracas correntes, invisíveis, espectros do passado; sustentadas pelas mãos flácidas de espantalhos, arcaicos restos de sistema medieval, até hoje mantiveram seu povo humilhado, obrigados a semear e colher os grãos, mas enxotados na hora da partilha.

Enxotando o acanhamento dos anacróticos virtuosos da casta superior, caricaturas hereditárias do que havia de pior na antiga Índia imperial, estagnados, replicando perpétuos códigos dos alfarrábios, elegia a culturas D’outrora; ruminando velhacarias do renascentista Niccoló Machiavelli.

Grudados, amalgamados, expropriando, sugando energia, semeando confusão, nesse desequilibrado Brasil do presente. Preguiçosos, transmissores de forte complexo de inferioridade e depressão, sempre agiram com servilismo patológico, agachando humilhados perante seus colonizadores europeus.

Vamos potencializar esse momento, da súbita, intensa e contagiante valorização da auto-estima do Brasil nação, perante seu povo e os povos de outros paises, criado pelo artista, expoente do improviso, do improvável, absurdo e eficiente quebragalho, o representante da maioria dos brasileiros Presidente LULA.

Reproduzindo seu modelo realista, temos a fórmula para assumirmos com autoconfiança, nossa imensurável GRANDEZA.


domingo, 23 de agosto de 2009

Francileiro ou brasinçois??

Saudações

Recebi, num email do MINC,

que está reproduzido ao final deste post,

sob o título "Basta de Lero Lero", um brado de revolta de Deolinda, escorada por títulos acadêmicos, brasileiros et gauloises, intransigente compromisso de servidão ao “colonialismo cultural”.
Um legitimo surto de idiopatia!

Vou retrucar:

Sou escultor e venho como quase todos os artistas brasileiros - principalmente os do sul do Brasil - de uma formação transplantada para cá pelos nossos avós, que por serem europeus tapados, como as mulas de carroça, não se sensibilizaram nem sequer notaram a chocante exuberância da natureza; sua tramada rede de rios, que irrigavam as soberbas florestas, abrigo da fauna inumerável, nem a cultura telúrica, estabilizada dentro de limites, dos povos que viviam ingenuamente nus no clima quente; perfeitamente adaptados com sua arte de desfrutar do paraíso, usufruindo a benéfica e doce preguiça, maior virtude que a mãe natureza doou aos Tupi Guaranis, filhos da terra, livres, salvos do absurdo conceito trabalho.

Esses nossos paupérrimos e incultos avós europeus eram oriundos de antigo passado de servidão, da construção para seus nobres proprietários, senhores de pesados e malignos castelos de pedra, arquitetura e engenharia marciais, inspirada pela cobiça - motivo das guerras infinitas. Também edificavam e mantinham imensos templos e a sua hierarquia opressora. A estafante faina de plantar e da armazenagem de víveres, obrigados pelo clima frio. Povos que fizeram muito mau uso do fogo e dos metais. Os broncos lavradores mediterrâneos e orientais, invasores mais recentes aqui, continuaram a tarefa de domar a natureza, de completar a destruição do Paraíso, iniciada pelos saqueadores ibéricos que os precederam, servindo-se do maldito sistema da escravidão.

Deolinda é um entre incontáveis e onerosos parasitos anacrônicos das universidades do país, segundo dados do o IBGE 183. 899. 999 de brasileiros não sabem, nem pretendem saber quem ela é, ou o que faz da sua vida; elemento da sociedade definível como estafermo”, pra piorar não possui o mínimo senso de dimensão.

Deolinda diz:

Desde que, há dois anos, fui obrigada a voltar do meu doce e voluntário exílio parisiense, perdi a conta dos e-mails, convites, abaixo-assinados e convocações que recebi para participar das “discussões” em torno das propostas de alteração na Lei Rouanet. Com medo de parecer “afrancesada”, e temendo ser malhada como de hábito acontece nesse país, mesmo não tendo vocação e muito menos talento para ser torturada como fizeram com a nossa“brazilian bombshell” aceitei alguns convites. Na maioria das vezes sofri calada diante das sandices discutidas.]

Tenha a Santa Paciência!!!


Trabalho com escalas no meu ofício, portanto eu calculo que as proporções entre Deolinda e Carmem Miranda seja igual à de um ácaro ou no maximo o que o carrapato micuim”, está para um touro.

Poderia ter tido esse delírio insensato idiolatra em sua casa ou no cabeleireiro, com suas vizinhas, gente que convive e suporta tal burrice hereditária. Mas a coitada, sem respeito próprio, destituída completamente de noção de ridículo, publicou uma carta, que eu não consegui ler, mas deve ser a ata da constituição oficial dos lacaios do colonialismo cultural. Deolinda aconteceu, se expôs amplamente aparecendo num portal da Web, esse Fabuloso meio de comunicação que rompeu drasticamente a cadeia contínua da história da humanidade.

Sistema perfeitamente democrático que deixou criaturas peculiares, idiopáticas, como Deolinda, em condição idêntica a dos canarinhos, piriquitos ou vira-bostas domésticos: se postos em liberdade, apesar de dotados de todos os meios de sobrevivência, vão morrer, pois a faculdade instintiva de viver voando em liberdade e bicar os grãos das ervas, beber a água do rio, fazer ninhos na vegetação, lhes foi anulada em infinitas gerações de seleção, de cuidados em cativeiro e comedouro farto.

O que o fóssil Deolinda escreveu (ainda bem que sem nenhum alcance), possui o mesmo caráter absurdo que as palavras dos demiurgos, divulgadores das prolíficas agremiações evangélicas. Esses, ouvindo o galo cantar sem saber onde, vociferam versículos, salmos e nomes próprios, das escrituras hebraicas, códigos mosaicos indecifráveis – mesmo para a hermenêutica de incansáveis rabis, que os estudam há milênios.
Abanando suas adaptações dos antigos textos num livrinho de capa preta, proferindo disparates, invadindo todos os espaços da mídia eletrônica, se expandem arrastando milhões de pessoas e boa parte do fruto financeiro de seu trabalho. Pessoas ingênuas, receptivas, de caráter maleável, no ponto de serem solicitadas a participar da construção de sua nação do futuro e assumirem sua identidade, acabam se virando contra as próprias origens, passam a combater enfurecidas a felicidade proporcionada pela liberalidade, a alegria espontânea devida a ausência do nefasto conceito pecado, combatem com muita grana as religiões originais do Brasil, as ecumênicas Umbanda e Candomblé.

A intenção da Deolinda é a absoluta antítese dos evangélicos, mas ambos visam a mesmíssima finalidade - combater a brasilidade, embora usando métodos radicalmente opostos. Eles, novos evangelistas, buscam se expandir como leveduras, atrair o máximo de indivíduos para pessoalmente escarafuncharem os bolsos, sob a ameaça de um único livrinho.

Deolinda diz

Em primeiro lugar gostaria que alguém me explicasse e/ou justificasse o baixíssimo, para não dizer irrisório, orçamento do ministério da Cultura? Isso não tem nada a ver com a existência das Leis de Incentivo. Isso é a prova cabal do desinteresse dos governantes desse país pelo quesito cultura.

Deolinda, o oposto dos evangelizadores, sectária, procura se encolher, encastelar, filtrar, reduzir o grupo, apartar, e conseguir muito, mas muito dinheiro, taxando pesadamente todos os outros brasileiros, através do muito necessário, seu futuro Ministério Corporativo da Cultura Francileira ou Brasinçoise, com muito mais recursos, né?

Fazendo declarações recheadas de covardia, repulsa, antipatia, segregação. Armada com seus títulos honoríficos binacionais, municiados por alfarrábios cartesianos, galiparlando o idioma que inventou - o francileiro ou brasinçois - língua da sua quimera, a Nova Sorbone”. Com delírios de ser agraciada com uma folgada sinecura para, diretamente da nova Paris, galicizar seu seleto grupo de decorebas, contrair pro núcleo, introjetar arqueológicas idéias ortodoxas, anacronismos intolerantes, filosófico-literário-estéticos, é expressamente proibido criar, ou tomar conhecimento da nossa cultura autêntica, jovem, dinâmica, que ainda nem sequer começou engatinhar. Igual a indiferença, omissão e repulsa que é dirigida pelos cidadãos médios, aos que habitam favelas e seus meninos da rua.

Os evangélicos, usando símbolos e livros judaicos, estabeleceram uma Israel, uma Jerusalém sertaneja, com o Novo Templo de Salomão à moda da casa, ao lado do Largo Treze de Maio, em Santo Amaro. Ela, Deolinda, alimenta o sonho de estabelecer uma França, uma chic Paris em São Paulo. “Quem sabe o próximo ministro da cultura seja do time dela, o da minoria que perdeu esse jogo, mas ganhando o próximo, graças à simpatia e popularidade da nova brazilian bombshell como sua cabo eleitoral, por retribuição presenteie Deolinda com uma franquia da Nova Sorbone lá pras bandas do Higienópolis. Acho que ela ficaria feliz.

A propósito como muitos, creio que o Ministério da Cultura deva tomar a frente na defesa do patrimônio Candomblé e Umbanda, fortificar e divulgar para o mundo essa fantástica manifestação telúrica, mística, estética e gastronômica. Animista, usa terreiros, matas e cachoeiras pros rituais litúrgicos, cultua a natureza, não necessita de maciços templos. Tesouro de magia e mistério herdado dos sem número de tribus, trazidas da África, com sua múltipla cultura, somados aos Tupi Guarani, donos de fato do país onde vivemos, oferecendo lugar de honra à cultura européia, representada por seus santos, que ocupam posição de destaque nos rituais, harmonicamente, sem mágoa nenhuma, ou servilismo.
Assim é o Brasil, país dos brasileiros!


Deolinda deslumbrou-se com a lábia de um intelectual francês, de quem conheço só um pouco, do lado crítico de arte e discordo completamente, por esse simples motivo: se um objeto desagrada meus sentidos, nenhuma tese ou bula ou qualquer conversa vai me enganar. Esse erudito escreveu, com verve e segurança, sobre coisas sem cabimento pra nós brasileiros atuais.

Talvez até por ingenuidade, envolvido nos próprios sofismas, no cargo de ministro de um país que produziu os derradeiros e magníficos lampejos da milenar cultura mediterrânea, iniciada na Grécia, e assassinada há poucos dias pelo Bill Gates.
Esse filósofo ministro, crítico de arte, prestou enorme serviço a magnatas que exploram o mercado da cultura; usando o brilhante poder intelectivo, para ilustrar com palavras convincentes, calhamaços com dogmas incontestados, do naipe de a influência da arte africana na pintura do Picasso, assim com perfeita técnica de indução, impõe idiossincrasias, manipula, por gerações, classes de milhões de crédulos. Afiançando que aqueles pedaços de pano pintado são inspiradas obras primas da arte do século XX, a sua retórica vai justificar, esquentar, endossar”, arremedos anedóticos de ícones da arte sacra tribal africana. Inventados sem nenhum conhecimento nem razão, jocosamente cometidos por um atrevido espanholito, herdeiro degenerado da arte de Góia, Murilo, El Greco e outros titãs, mete-se inexplicavelmente à fazer isso, chupar magos artistas da Africa, sem informação nem causa, impingindo indelevelmente ao mundo culto, ilustrado, o mais abrangente ismo.





Porque

US$ 95,2milhões?

Isso valerá realmente

US$ 95.200.ooo ???


Arte 05/02/2008 20h44min
Mais uma obra de Pablo Picasso recebe lance milionário em
leilão

Outro retrato de Dora Maar foi leiloado hoje, por quase 10
milhões de euros.


A influência de Dora resultou em alguns dos mais célebres e cobiçados retratos do pintor espanhol, como o leiloado em 2006 em Nova York por US$ 95,2 milhões, o segundo preço mais alto já pago por uma obra de arte posta em leilão. Tête de femme, que faz parte da coleção da família do marchand Heinz Berggruen, é um dos vários retratos de Dora pintados por Picasso durante a época da Guerra Civil espanhola (1936-39) e da II Guerra Mundial.

Ilusionismo da eloqüência na redação publicitária, um texto envolvente, e pedaços de pano pintado passam a ser tema de livros e fundamento pra prejudiciais cadeiras acadêmicas, fortalezas de seitas de seguidores no mundo todo. Intitulam-se doutores se auto-promovem através de títulos e lauréis, tudo com altíssimo custo para o sistema publico de educação universitária.

Pervertem e mutilam o senso critico espontâneo dos seguidores. Essa influência perversa é o obstáculo imperceptivel no desenvolvimento artistico cultural do Brasil, onde raros gênios se sensibilizam, criam e tem oportunidade de expor inspirados nas coisas exuberantes ao nosso entorno.

Que fabuloso domínio sobre as mentes inseguras dos grupos sociais medíocres, porém numerosos e influentes. Leem e admiram estampas acreditando estar adquirindo cultura européia impressa, assim sentem-se distintos do vulgar; capturados por geniais prestidigitadores com técnica capaz de fazer coisas como essa esquisita caricatura e um conjunto de objetos derivados da mesma origem, agrupados em museus imperiais de Paris, tornarem-se dos mais freqüentados pontos de atração turística do mundo, transportando os crédulos sugestionados ao êxtase com plena satisfação dos sentidos.

Sua função maior é tecer a mítica e resplandecente aura que emana das magnéticas pinturinhas, cada unidade leiloada tem lances de até assombrosos US$ 95,2 milhões, mama mia, que coisinha tão feinha e tão cara, são muitas dezenas, quase centena de milhões de dolars. Provisão em estoque, pro mercado restrito a lavadores de dinheiro internacionais, movimentando fortunas astronômicas, pilhadas por ações letais nos países africanos ou outras nações ricas do tipo desse nosso Brasil, por distorção classificadas como do terceiro mundo.

A propósito, isso pode ser tema de um livro, se “ministério da cultura” rendesse qualquer coisa útil, os ditadores da cultura mundial atuais, os USA, teriam um né? Se as pinturinhas européias têm esse disparatado valor é devido à livre iniciativa dos dinâmicos, audaciosos americanos.

Quando o pintor espanhol Picasso morreu, li um artigo comentando que se todos os quadros dele que estão nos USA fossem vendidos, provocariam uma revolução no mercado financeiro mundial - sem dúvida, pois vejam o preço que esse atingiu em NY.

Cabulando aula, Deolinda, em êxtase levitando no panteão entre nomes de mitológicos joalheiros, vitrinas abarrotadas de diamantes de sangue, montados sobre o vil metal - além do que foi saqueado do Brasil, muito desse ouro provém da extração de milhões de obturações dos dentes de indefesos prisioneiros de guerra - arrebatada diante das maisons de costureiros deificados, utilizadores de plumas e peles de animais raros, e essências de perfumes das florestas. Embasbacada admirando o desenho de móveis feitos de nobres madeiras das matas daqui, ignoradas por nós. Embevecida regalando-se com o humilde croisant, mas de rabo de olho, e as narinas atiçadas, cobiçando tudo, nas confeitarias transbordantes de formas e cores, dominando tudo o invencível aroma do chocolate, dos bombons obras de arte, feitos com o cacau da Bahia, esses foram os fascínios da Paris que enredaram Deolinda.

Os brasileiros da categoria de Deolinda, sempre achando que a galinha do vizinho é mais gorda, preguiçosos, deprimidos, sem o mínimo de auto-estima, ao invés de cultivar, divulgar ao mundo e usufruir do produto da arte de seu magnífico país de origem, ingratos, preferem parasitar, lesar e tentar desmerecer quem proporcionou o seu mal aproveitado, doce e voluntário exílio parisiense. Deolinda não é a única pessoa que se recusava a partir lá de Paris, mas não querendo se sujeitar a um emprego de aia de alguma velha costureira aposentada; (seus títulos de doutora não são referências suficientes pra ser babá daqueles chatos meninos sabidinhos), no máximo poderia servir de limpadora dos esplendidos vitreaux, ou dos degraus das escadarias de mármore, as opções de trabalho em Paris pra gentes com títulos acadêmicos do terceiro mundo.

Assim, Deolinda, por falta de visão e de iniciativa, apatia própria dos que vivem parasitando, estudou cinco anos, acho que de nada serviu, pois sem nada a oferecer pra Paris, de lá foi deletada sem dó. Nota-se que aqui está metida num atoleiro cultural. Renegando a cultura que seus ancestrais edificaram, procurou o doce exílio, fugindo da ralé brasileira. Como mariposa, voou até a Cidade Luz pra voltear em torno da luz, flutuou devaneando, no presente de uma gloriosa cultura do passado, viu pelas vitrines, sentiu o cheiro, ouviu os sons de Paris, ja conhecia a cidade luz como a palma da mão. Quando já estava sentindo-se a própria trairinha dans l’eau du Seine, desperta abruptamente de seus sonhos, nesse emaranhado pesadelo, o fractal, calidoscópico, o contestador absoluto do cartesianismo, vigoroso, imprevisível e deslumbrante Brasil.

Deolinda faz ataque revoltado contra o Brasil, que chama de terra sem dono, (por acaso a França tem dono?) é só uma tremenda bronca, pela dor de cotovelo, imagino, não encontrando mais condições pra ser mantida em doce exílio, despeitada, porém presunçosa, empacotou confiante seus canudos, e previu que ao desembarcar sobranceira seria recebida oficialmente pelo MinC, com toda a pompa, tapete vermelho, banda de musica, aclamação, manchete na TV, afinal depois de cinco anos de doce e voluntário exílio parisiense, retorna a nova brazilian bombshell”. Tornada “ilustre”, por osmose ao ter conhecido pessoalmente um filosofo francês e ter lido o outro filosofo francês, se achando a própria Rainha, a dona de um olho na terra de cegos”, mas a gentalha decepcionou-a, aqui os cegos também são surdos e distraídos, ninguém deu bola pra douta Deolinda, nem ligaram pros seus canudos de papier .

Deolinda diz:

Confesso aqui, publicamente, o meu martírio. Essas discussões sem fim e sem conteúdo soavam (soam!) como um castigo para quem passou cinco anos e meio estudando num país - a França, berço do método e do cartesianismo - onde o debate é prática ensinada nas escolas, e onde qualquer criança de 10 anos dá um banho em 90% dos nossos pseudo-intelectuais, no quesito argumento, simplesmente porque a “berceuse” delas inclui uma boa dose de tese, antítese e síntese.


(quanta bobagem...)

Deolinda, todas as espécies possuem forte instinto de preservação, notadamente as pragas, portanto é demonstração de impotência você ter como maestros de padrão elevado esses rebentos infelizes, crianças de dez anos que dão banho no quesito não sei de que, em você e seus colegas burros. A carta discriminatória mostra seu inócuo equipamento pra luta de resistência das pragas. As espécies úteis felizmente hoje tem acesso imediato à informação, contam com equipamento eletrônico esclarecedor, de alcance infinito, ilustrado, veloz, de texto ligeiro, vernáculo universal, sintético.

"Na Turquia no começo do seculo XX, o Kemal Ataturk mandava matar quem usasse aquelas coisa exóticas, se usasse calça bufante ou aqueles chapéus turcos, facão no pescoço. Quando vi a foto achei que era algum lance estranho em Constantinopla, alguma sodomia oriental no Serralho, esquisito essa Coimbra, heim?", hmmmm hmmm...

"Olha a portuguesa de flor na cabeça, o que sera aquilo nas mãos dela, o que sera que eles vão fazer com aquela coisa? Ó as mãozinhas, acho que o português tá com um anel, vai enfiar no dedo dele. Ó o beiço, largado, frouxo, o que que ele tá fazendo com o beiço? Os olhinhos, não dá pra acreditar. Isso tá meio libidinoso lá pra eles, repara que ainda tem tipo um pincel no topo, no fuça fuça deve fazer cócegas".

Tal inexplicável pandega foi praticada por esse cara repugnante, lambe botas, um colono submisso , durante o exercicio do Supremo posto de Presidente da República do Brasil...

Esse chapéu ridículo, feito de abajur de zona,e o cachecol de fuxico da avó, custaram-nos uma mixaria :
o Banco do estado de São Paulo, a Telefônica as nossas estradas...

Tratá-lo por barata com abajur de zona inda é muito, cnsiderando o pináculo ao qual o fessorzinho foi lançado, e de que forma egotista se comportou, peregrinando em busca de lauréis escolares, a qualquer preço.

Presidente da Republica do Brasil atual, é posto do mesmo nível onde estiveram aqueles varões semeadores da liberdade, igualdade e fraternidade entre os humanos, como Washington, Robespierre, Jefferson, Danton, cujos ideais culminaram com a Declaração dos Diretos do Homem e do Cidadão e a Declaração dos Direitos Humanos. Essas conquistas engrandeceram muito além de seus povos – um deles, os U.S.A., tão jovem quanto nós. Ultrapassaram fronteiras, inflamaram os corações e as mentes, reformulando o mundo.


O ambiente de cultura das muito nocivas pragas, fortificadas por estágio na tal Sorbone, as do grupo: Cardosisticae Deolindissima Achademicus Brasilensis”, está sendo implodido, numa tremenda velocidade que nem dá tempo pros teus lerdos sentidos acadêmicos registrarem. Não sei como funciona esse teu tipo de raciocínio idiota, deve filtrar só o que te agrada, e mandar pra lixeira verdades chocantes, mas se estudastes em Paris deves recordar que a Revolução Francesa foi feita pela escória social, a desprezível ralé, te cuides Deolinda.
Deolinda et caterva morrerão com o foco nas defuntas filosofia e literatice estrangeiras, zombies se desintegrando. Hábito velho, do inicio do tempo da cultura das pragas; quando alguns brasileiros que ganhavam bom dinheiro sacaneando escravos, viajavam exatamente pra Paris, indo se pseudo-ilustrar e macaquear as moribundas fidalguias (disso se exclui Santos Dumont, ele inventou o avião). Mas acho que as Mecas hoje são outras, o seu francilianismo ou brasinçoisismo somente invade espaço, ocupa tempo e surrupia recursos financeiros de universidades públicas, elementos que vão fazer sensível falta nos equipamentos dos laboratórios de ciências exatas.

Ó Deolinda, tens de pensar uma coisa sobre os franceses e o Brasil: eles, como os holandeses e ingleses, foram muito espertos, em vez de invadir para saquear o país, deixaram os portugueses, ancestrais de Deolinda, como sempre se encarregar da faina, do pesado, até embarcar o produto da roubalheira, na saída dos portos. Ai já no mar, com um só disparo de canhão os piratas tomavam tudo sem o menor trabalho. Que sacanagem, te largaram com o populacho nessa terra sem dono, né Deolinda?

Muitos aculturados repetem em tom de crítica, o maior elogio que alguém já fez ao Brasil: um antigo presidente francês, em visita ao nosso pais produziu essa máxima maravilhosa:

O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO


Graças a todos os Deuses, inclusive os da democracia, não é mesmo.







Lixo inglês: de volta pra casa
Nesse ultimo mês de julho todo o mundo ficou indignado com o lixo inglês, mais de 1400 toneladas, que foi enviado ao Brasil. Até a semana passada nada tinha sido feito, apenas a prisão de 3 supostos responsáveis na Inglaterra, que em pouco tempo foram soltos. Porém na ultima sexta-feira, dia 7 de agosto, esses 90 contêineres foram enviados de volta ao país de origem, cheios de lixo orgânico e hospitalar, que após todo esse tempo já tinham sinais claros de putrificação e crescimento de larvas.


*** CARTA DE DEOLINDA:

Basta de lero lero…

Artigo de Deolinda Vilhena (jornalista, produtora, Doutora em Estudos teatrais pela Sorbonne, pós-doutoranda em Teatro na ECA/USP), publicado no terra, em 12/6/2009


Nada como ser coerente na vida, e em discípula de André Malraux que dizia em Les voix du silence que “a arte, como o amor, não é prazer mas paixão”, aproveito a data de hoje, Dia dos Namorados, para declarar minha eterna paixão pelo (bom!) teatro. Essa paixão alimenta minha eterna esperança, ainda que quase sempre termine em desilusão, com os rumos que ele toma nessa terra sem dono - para não dizer coisa pior, a exemplo do que disse o Carlos Minc, há uns dias atrás - em que se transformou esse nosso Brasil.
A acreditar na atual Constituição e nos deuses da Democracia, o atual governo chega ao fim em 31 de dezembro de 2010, ou seja, daqui a um e meio. Oito anos confiados a esse governo por uma significativa parcela da população, governo que entrará para a história do “nunca, jamais se viu nesse país” por ter passado seis anos e meio discutindo e rediscutindo as possíveis alterações de uma lei, a tal lei Rouanet.
Aliás, no lugar do Embaixador Sérgio Paulo Rouanet, eu já teria entrado com uma ação judicial exigindo que tirassem meu nome da dita cuja, porque do jeito que a coisa anda o coitado deve passar o dia com a orelha em chamas…
Faço parte da minoria que perdeu o jogo democrático, não elegi esse governo por não acreditar ser possível governar sem projeto, coisa que o Partido dos Trabalhadores ignorava. Incompetência ou prepotência o tempo dirá. Porém, se levarmos em conta as tentativas fracassadas de eleger um presidente, não se pode dizer que faltou tempo hábil para preparar um. E, se há uma pasta onde essa ausência de programa excedeu, ela pasta é a da Cultura, na qual vivemos há seis anos e meio em ritmo de “ensaio”, privando toda uma classe de “estreias”.
Desde que, há dois anos, fui obrigada a voltar do meu doce e voluntário exílio parisiense, perdi a conta dos e-mails, convites, abaixo-assinados e convocações que recebi para participar das “discussões” em torno das propostas de alteração na Lei Rouanet. Com medo de parecer “afrancesada”, e temendo ser malhada como de hábito acontece nesse país, mesmo não tendo vocação e muito menos talento para ser torturada como fizeram com a nossa “brazilian bombshell”, aceitei alguns convites. Na maioria das vezes sofri calada diante das sandices discutidas.
Confesso aqui, publicamente, o meu martírio. Essas discussões sem fim e sem conteúdo soavam (soam!) como um castigo para quem passou cinco anos e meio estudando num país - a França, berço do método e do cartesianismo - onde o debate é prática ensinada nas escolas, e onde qualquer criança de 10 anos dá um banho em 90% dos nossos pseudo-intelectuais, no quesito argumento, simplesmente porque a “berceuse” delas inclui uma boa dose de tese, antítese e síntese.
Mas depois de dois anos de mordaça voluntária, decidi abrir a boca, soltar o verbo e desde já peço desculpas aos navegantes usando a máxima de Montaigne, “je donne mon avis non comme bon mais comme mien”. Algo como, dou a minha opinião não como boa, mas como minha…
Em primeiro lugar gostaria que alguém me explicasse e/ou justificasse o baixíssimo, para não dizer irrisório, orçamento do ministério da Cultura? Isso não tem nada a ver com a existência das Leis de Incentivo. Isso é a prova cabal do desinteresse dos governantes desse país pelo quesito cultura.
Contraditório desinteresse uma vez que, o mesmo governo permite que empresas como a Petrobras, o Banco do Brasil e o BNDES, juntos, invistam mais em cultura do que o próprio ministério por ela responsável.
Não podemos negar que a Lei Sarney, ancestral da combalida Lei Rouanet, foi na visão de muitos - e entre eles o grande Celso Furtado, cuja única mancha na biografia foi ter sido ministro da Cultura de José Sarney - foi uma grande conquista da sociedade brasileira num momento difícil de transição democrática, pois tinha como objetivo permitir à sociedade escolher diretamente o que ela queria ver produzido.
Mas, a ilusão durou pouco, e o que se viu em seguida foi um Estado transferindo suas obrigações, seus deveres e last bu not least seu próprio fundo de caixa para as mais diversas empresas, entre as quais muitas estatais, como as citadas pouco acima.
Constato, sem saudosismo algum e muita vergonha, que os ditadores desse país foram os únicos a esboçar, um arremedo talvez, políticas públicas nesse país na área da cultura. Porque ao contrário da esquerda mundial que via a cultura como uma estratégia para o desenvolvimento social e econômico de uma nação, no Brasil essa visão pertenceu sempre à direita no que ela tinha de pior, a ditadura Vargas e a ditadura militar, talvez porque mesmo de maneira equivocada eles tivessem um projeto de Nação.
Teixeira Coelho disse em um artigo que “as ditaduras não gostam de projetos que transferem, do Estado para a sociedade civil, parte do poder de decidir o que vai ser feito em cultura”. Concordo com a afirmação dele, mas discordo da solução encontrada pelo governo. Com que direito se dá à iniciativa privada o poder de decidir o que será feito em matéria de cultura no país, e, mais grave, fazendo isso com dinheiro público?
A iniciativa privada pode - e deve - produzir o que ela bem entender. Desde que o faça, com o seu próprio dinheiro.
Longe de mim, incentivar a criação de uma arte oficial, mas acho ridículo se falar dos riscos do dirigismo cultural que corre nossa frágil democracia. Cá entre nós vocês acham que a França é um país onde existe arte oficial ou dirigismo cultural? Nem o mais insano dos insanos ousaria afirmar isso, e, no entanto, a França é o país onde o Estado mais investe em cultura por habitante no mundo.
Mas se é para encarar o dirigismo cultural, confesso que nessa matéria integro a turma que acredita que o menos nocivo dos mecenas ainda é o Estado, desde que democrático de direito. Ao dirigismo cultural implantado pelo marketing coorporativo prefiro o do Estado. Talvez porque tenha compreendido há muito que a democracia nunca será culturalmente pluralista, contrariamente ao que se imagina, porque haverá sempre uma preferência a determinar uma moda, além da opinião pública.
Infelizmente o pluralismo não existe nesta matéria. Há o politicamente correto. Eu desejaria que fosse pluralista, mas não creio que seja possível e sei que haverá sempre escolhas abusivas. Todos os ministérios sempre fizeram e todos os grupos de pressão sempre fizeram escolhas abusivas. Mesmo boas escolhas são escolhas abusivas. Mesmo no século XVII quando Luís XIV apóia Molière, Corneille, Racine, ele é abusivo porque muitos foram preteridos e, talvez não fossem tão bons quanto, mas tivessem também valor.
E o sistema continua abusivo, continua sendo a escolha de uma época e de um grupo de pressão que até pode impor qualidade, mas que impõe o seu gosto. Infelizmente a democracia não é democrática em matéria de cultura contrariamente ao que se crê porque, com efeito, há sempre um grupo social que dirige os outros e que impõe, contra os quais as pessoas não ousam ir contra, com isso não se pode dizer que a democracia é pluralista em matéria de cultura.
Ariane Mnouchkine costuma dizer que o teatro irriga necessariamente a sociedade como um todo, talvez por isso as grandes empresas não se interessem por ele, mas com certeza isso legitima, sem complexo, o modo de financiamento público do teatro. E, Mnouchkine diz mais: “não é ilegítimo nem ilógico pensar que a cultura deveria ser subvencionada por todos os ministérios aos quais presta serviços incomensuráveis. É notório que somos bons para a saúde mental, que somos preventivos contra a delinqüência e a violência, eficazes contra a ignorância, portador da honrosa imagem da França no exterior, nós somos, por conseguinte, indispensáveis aos ministérios da Saúde, da Justiça, do Interior, da Educação nacional, do Turismo e das Relações exteriores, sem esquecer a Juventude e os Desportos e os Assuntos sociais”.
Entretanto, ao menos no nosso Brasil, ainda que a Constituição brasileira de 1988 no artigo 215 diga: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”, a realidade é bem distinta.
Tudo está errado desde a origem. A criação das leis de incentivo fiscal tinha como objetivos trazer recursos da iniciativa privada como um paliativo para a incapacidade do governo de assumir suas responsabilidades. Nesse país onde a perversão parece endêmica, o que fez o Estado? Liberou geral. Transferiu para a iniciativa privada a responsabilidade pela criação/gestão de uma política cultural, em comum acordo com a classe artística dominante que, estabeleceu de imediato excelentes relações com os diretores de marketing.
Não vou citar exemplos, mas Deus é testemunha do beija-mão promovido pelos artistas e seus captadores de recurso nos escritórios desses diretores de marketing. Não é preciso esperar a abertura da caixa preta do Ministério da Cultura - aliás, já permitiram o acesso aos arquivos da ditadura? - para conferir os nomes dos principais ídolos nacionais envolvidos. Basta conferir nos programas das peças patrocinadas pelas principais empresas nos anos 80/90 e descobrir quem estava de conluio com quem. Tinha gente que achava que patrocínio era renda vitalícia. Os captadores de recursos fizeram a festa. Sei de gente que com cinco anos de profissão construiu um patrimônio que inclui apartamentos no Leblon, casa em Búzios…em compensação, sei de gente, que com mais de 30 anos de teatro não conseguiu comprar um kitchenette na Prado Júnior.
Essas discussões de hoje são - grosso modo - um bate boca entre duas correntes da classe artística nacional, a dominante - que não quer perder privilégios, e a dominada - cansada de apanhar e disposta a brigar pelo seu quinhão.
De um lado, a classe dominante, a que tem acesso aos diretores de marketing, dona dos espetáculos que integram a chamada “indústria cultural” cujo objetivo principal é o lucro; não quer que se mexa na Lei porque não se mexe em time que está ganhando.
Do outro, a classe dominada, cansada de viver à margem produzindo espetáculos engajados com a pesquisa de novas linguagens cênicas, a elaboração de uma estética, normalmente frutos de meses de ensaios regados a sanduíches e café.
Depois de seis anos e meio de bate boca, de incompetência, aliadas a tal perversão endêmica da qual falei linhas acima, chegou a hora da solução. E, essa solução passa obrigatoriamente, pela definição de um conjunto de regras claras e rigorosas a serem aplicadas e respeitadas. Pois como dizia Albert Camus em A Queda “quando as pessoas não têm caráter, é importante que haja um método”.
E esse método deve levar em consideração alguns tópicos ausentes desse debate quase tão inepto quanto ininterrupto: não existe criação artística sem educação artística e não existe teatro sem público.
No lugar de brigarmos por Leis de Incentivos deveríamos nos empenhar em lutas que obrigassem o Estado a assumir suas responsabilidades. Formando professores, fazendo valer a obrigação dos cursos de Educação artística nas escolas, do maternal ao último do Ensino médio, permitindo a formação de platéias, que garantirão num futuro distante, talvez, mas seguro, que os teatros desse país não mais vivam à míngua e, os que dele vivem percam essa postura de mendigos.
Assim como no lugar de brigar por cotas e dividir um país deveríamos lutar para que a escola pública fosse o melhor destino para todos, sem distinção de classe ou de cor de pele. Que o exemplo fosse dado de cima, obrigando vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, governadores, ministros de estado e presidente da república a educarem seus filhos e netos nas escolas municipais, estaduais e federais.
Mas nesse país quando algo funciona os picaretas se reúnem para destruí-la. É mais fácil acabar com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil sob pretexto de que o alto índice de reprovação é prejudicial aos pseudos-advogados formados pelos “trocentos” cursos das pseudo-faculdades criadas com o aval do Governo do que fechar todos os cursos, valorizando o bom, valorizando a meritocracia, princípio republicano básico.
Mas lá vou eu fugindo do nosso tema…
Uma das provas da nossa imaturidade, e ingenuidade, no tema chegou ao meu conhecimento numa discussão recente na Escola de Belas Artes na Bahia. Fui surpreendida por uma informação de que existe há anos uma luta para que a Cultura receba o equivalente a 2% do orçamento da União. Expus à platéia a minha surpresa, explicando que a França desde 1936 e mais intensamente desde 1947 graças a um homem chamado Jean Vilar lutou durante décadas para que 1% do seu orçamento fosse destinado à Cultura. Fato que só seria possível em meados da década de 80, após a eleição presidencial de maio de 1981, de François Mitterrand que deu a Jack Lang, primeiro ministro da Cultura socialista, carta branca para tornar realidade esse sonho. E, mesmo depois de mais de meio século de lutas, na França de hoje a realidade não é mais essa. Como podemos nós, engatinhando, saindo das fraldas nessa questão, acreditar que podemos obter os tais 2%? É a hora de usar aquele conhecido bordão “menos, gente…menos”.
Na verdade o que falta ao nosso Brasil, além de maturidade da classe envolvida nessa história, são homens da envergadura de André Malraux, François Mitterrand e Jack Lang. Homens que por voluntarismo político e crença nas artes mudaram o rumo da história das políticas públicas na área da cultura na França fazendo da exceção cultural francesa um exemplo mundial.
Por que falo tanto da França? Porque é o país do primeiro ministério da Cultura, que esse ano comemora 50 anos, o país no qual o Estado mais investe em cultura por habitante no mundo, e a parte do Estado não vem apenas do ministério da Cultura, mas do ministério des Affaires étrangères et européennes, como eles chamam o ministério das Relações Exteriores, lembrem-se que a diplomacia cultural é uma invenção francesa e tem sido usada com frequência como arma de charme; do Ministério da Educação, pois como formar platéias sem passar pela Educação e vários outros.
Sou francófona e francófila assumida, mas não perdi o senso crítico, sei que existem proporções a serem guardadas, que o modelo francês não é reprodutível, e que o paraíso não existe. Mas, a política cultural francesa deveria ser, se não um exemplo, um modelo. E, como tal, ser analisado e não copiado, mas aperfeiçoado e adequado aos nossos tristes trópicos. Costumo comparar a política cultural francesa à democracia, o regime que na prática se demonstra o mais perto possível do ideal.
No dia em que um dos nossos políticos for capaz de pronunciar um discurso como o de Jack Lang, então com apenas 42 anos de idade, no dia 17 de novembro de 1981 diante da Assembléia Nacional francesa (veja aqui o site) e anunciar que o orçamento do Ministério da Cultura vai ser dobrado, que será fixada uma data objetivo para alcançar o sonhado 1%, para lembrar que toda ação governamental é cultural; que não deve existe apenas um, mas 27 ministros da Cultura no governo; para lembrar que todos os brasileiros e não apenas uma única classe social, tem direito à cultura, para identificar o combate da esquerda a um manifesto cultural e colocar o ministério pelo qual ele é o responsável “a serviço de um projeto de civilização”, nesse dia nós teremos percorrido a metade do caminho em busca da implementação de uma verdadeira política pública para o teatro brasileiro.
Enquanto não formos capazes de produzir e eleger homens com a envergadura de Malraux, Mitterrand e Lang, enquanto nosso Congresso Nacional tiver a cara que vemos diariamente nas televisões e nos jornais, nós vamos continuar discutindo, discutindo, discutindo… e nossas políticas públicas na área da cultura farão companhia ao sonho do Brasil país do futuro, que como dizia uma canção de Toquinho, “futuro que insiste em não vir por aqui”.
PS - Não poderia fechar a coluna de hoje sem falar da tragédia do AF-447. Para isso faço minhas as palavras de Antoine Pouillieute, Embaixador da França no Brasil: “O Ano da França no Brasil é um ano de partilha, de alegrias e de tristezas. Hoje, este evento está de luto pelo desaparecimento do voo AF-447. Nossos pensamentos devem se voltar para as 228 vítimas desta tragédia. Eles devem também dirigir-se a sua família a quem devemos a verdade e fraternidade: a verdade ao dizer o que nós sabemos, tudo o que sabemos; a fraternidade para ajudá-los a superar o inaceitável e fazer de um conjunto de destinos destruídos uma humanidade superior. Os desaparecidos do voo AF-447 estão em nossos corações: tenhamos um instante de recolhimento por eles. Obrigado, Antoine Pouillieute, Embaixador da França no Brasil”
Deolinda Vilhena é jornalista, produtora, Doutora em Estudos teatrais pela Sorbonne, pós-doutoranda em Teatro na ECA/USP com bolsa da FAPESP.