sábado, 7 de fevereiro de 2009

Devaneio de um zumbi macróbio de 101 anos.

O espaço do jornal dado a essa criatura, reles, dispendiosa, provoca azia e não só no Lula.


O estafermo intrujão fala em memória deturpada e injustamente combatida pelo capitalismo, caradura! Em seguida, escarafuncha e desencava de modo capcioso valores no maior, o mais bestial tarado – de todos os tempos – que supera, é mais cruel até que o infame “hitler”, que em busca de objetivos horrendos partiu pra dominar a humanidade, e por fim é mais execrado que o colega russo porque foi julgado e exposto ao mundo,finalmente acabou virando parodia na arte de Chaplin, teve uma longa carreira de modelo para caracterisações histrionicas.

O abominável russo estava atrás de espessa cortina de ferro, o modelo clássico em que se inspirou o irresponsável e indestrutível arquitetinho saído do cu do mundo. O bigodão preto, numa fúria assassina crescente, investiu contra seu próprio povo e adjacencias. Pra ministrar seus conceitos tacanhos, impraticáveis, torturou, chacinou com furia sem limites.

Está na cara que o velho cupim cinza foi implantado, por cimenteiras e empreiteiras . Só edifica artefatos públicos num delirante abuso do cimento. Conseguiu o inimaginável: trazer pra terceira dimensão, e cimentificar o Processo do Kafka, só que em vez de frio e sombrio, fabricou essa Brasília, tórrida colônia de papagaios antropofagos.

Ensaiando com o indescritível Copam, para no vôo maior de um urubu, transpor para o selvático planalto o conjunto árido, antiestético e nefasto de bunkers e casamatas, que nos castra a todos, pois os malditos burocratas, somados aos infames legisladores do mato, como as vespas se protegem, formando um promíscuo todo pra diariamente nos ferrar. Esse espantoso, deformado, teratológico, cupinzeiro cinza tem um efeito mais nefasto do que a inepta e letal usina Chernobil, operada por funcionários lerdos, do estado sovietico.
Aquela foi contida, esfriou. Ao contrário, esse colosso cinzento, no braseiro do sol, se expande progressivamente, na sua eficiente condição de ninho da praga.

Voltando ao seu ídolo bigodudo, o tarado, ditador soviético. Foi um mar de vidas que estupidamente ceifou e, finalmente, a canificinia se volta sobre os próprios amigos. Conheço por ouvir falar, não me interessou ler nada sobre esses grandes fracassados.
Com a mesma perversão que o envaidece de suas grandes porcarias de cimento, a criatura, emasculada pela senilidade, deve ter fantasiado uma cena danada de gozada.

Transportado nos braços fortes de um mujike voador, até uma dacha nas estepes geladas, onde num aquecido salão se vê fazendo parte da confraria do menino truculento , vindo ao mundo já de negra bigodeira, cruza de mongol com cossaco, e seus companheirinhos de folguedo. Pra descansar da leitura de doces poemas, armam um bailarico e gentilmente nas sinuosas munhequinhas , adejando coleantes, oscilam cimitarrazinhas afiadas,esvoaçantes corpinhos mal roçando as sapatilhas no solo, frivolos rodopiantes ,ensaiam saltitantes passinhos, de um sugestivo balet.

Tenha a santa paciência!!!.

Daí deduzi porque esse ser não desencarna: é que na avaliação dos pecados tem somas elevadas, pois o decrepito é responsável por essa armadilha que extermina brasileiros, cotidianamente, maldosamente, pelos mais variados métodos, os preferidos são a falta de educação e consequentemente a fome.
O cossaco bigodudo, por ser campeão supremo, tem prestígio com o capeta, que em reconhecimento aos seus feitos, segura ao máximo a descida desse esquisito fã, aflito pra fazer festinha. Tá loco, vai querer me tirar pra dançar?






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Quando a verdade se impõe
OSCAR NIEMEYER



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Alcança enorme sucesso na Europa um livro que reabilita Stálin, figura tão deturpada e injustamente combatida pelo mundo capitalista
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ESTOU NO Rio, em meu apartamento em Ipanema, alheio à agitação que hoje, 31 de dezembro, afeta toda a cidade. Recebo, pelo telefone, o abraço de fim de ano de meu amigo Renato Guimarães, lembrando-me, com entusiasmo, do livro sobre Stálin que, meses atrás, lhe emprestei. Uma obra fantástica do historiador inglês Simon Sebag Montefiore, sobre a juventude de Stálin, que tem alcançado enorme sucesso na Europa, reabilitando a figura do grande líder soviético, tão deturpada e injustamente combatida pelo mundo capitalista.

E fico a pensar como essa publicação me chegou às mãos por um amigo, o arquiteto argelino Emile Schecroun, que hoje reside na capital francesa. E vale a pena comentar um pouco da vida desse querido companheiro, que, ao ter início a luta entre a França e a Argélia, deixou o PCF em Paris, onde vivia, para filiar-se ao partido comunista argelino e combater no seu país de origem, ao lado de seus irmãos, por sua libertação. E contar como sua mulher foi torturada e ele, um dia, preso e enviado sob algemas para a França.

Duas ou três vezes por ano Emile vem ao Rio me ver. Quer falar de política, lembrar dos velhos camaradas de Paris. Às vezes eufórico, contente com o que vai acontecendo pela Europa; outras, como na última ocasião em que me visitou, preocupado com a crise que envolve o PCF, na iminência de ter que alugar um andar da sede que projetei. Tentei intervir, propondo uma entrada independente que servisse de acesso aos que vão utilizar aquele pavimento... Mas logo meu amigo reage, certo de que a situação política tende a melhorar, de que os jovens da França continuam atentos ao que passa pelo mundo, prontos a protestar contra tudo o que ofende a dignidade humana.

E volto a lembrar daquele livro, a figura de Stálin ainda muito jovem, sua paixão pela leitura, o seu interesse nos problemas da cultura, das artes e da filosofia, sempre a cantar e dançar alegremente com seus amigos.
É claro que a juventude russa já sofria a influência de escritores como Dostoiévski, Tolstói e Tchecov, a protestar contra a miséria existente, revoltados com a violência do regime czarista. Muitos, a exemplo de Dostoiévski, enviados para a prisão na Sibéria, onde durante anos ficaram detidos. Depois, como tantas vezes ocorre, a vida a levar o jovem Stálin à luta política, que, apaixonado, o ocupou até a morte.

E o livro relata as prisões sucessivas que ocorreram em plena juventude, as torturas que presenciou, enfim, tudo que marcou a sua atuação heroica na luta contra o capitalismo.
Ponho-me a folhear a obra, surpreso em constatar que o seu autor, depois de enorme pesquisa que se estendeu a arquivos da Geórgia, somente há muito pouco tempo franqueados a pesquisadores, levantou informações inéditas importantes sobre a vida de Stálin.

É bom lembrar que não se trata de autor de esquerda, mas de alguém que, pondo de lado suas posições político-ideológicas, soube interpretar uma juventude diferente, marcada pela inquietação cultural, que levou Stálin à posição de revolucionário e líder supremo da resistência contra o nazismo. Muito animado, Renato me diz que, seguindo a linha política de sua editora, esse vai ser um dos livros que com o maior interesse irá publicar.

A tarde se estende lentamente. Em breve o povo estará nas ruas a cantar -alguns esquecidos de que a miséria em que tantos vivem não se justifica, outros, como nós, confiantes em que um dia o mundo será melhor.



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